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China faz todos os esforços para sustentar comércio exterior

Fonte: Xinhua    30.05.2022 10h38

Contra os ventos contrários dos ressurgimentos da COVID-19 e a complexidade externa, os esforços da China estão em andamento para estabilizar e melhorar o comércio exterior, um dos principais fundamentos da economia.

Os últimos dados mostraram um fraco crescimento de apenas 0,1% em abril no total de exportações e importações, indicando que as empresas de comércio exterior do país estão sob pressão.

Para ajudar o comércio exterior a superar as dificuldades, uma diretriz foi divulgada pelo gabinete do país no início da semana passada, especificando 13 medidas direcionadas para este fim. Ela requer serviços aprimorados para as principais empresas de comércio exterior e logística de carga sem obstáculos.

Além do aumento do apoio fiscal e financeiro às empresas de comércio exterior, o país também buscará reforçar o comércio eletrônico transfronteiriço, segundo a diretriz.

 

DESENTUPINDO A LOGÍSTICA

A nova diretriz, em particular, prioriza garantir a produção e circulação estáveis no comércio exterior, dizendo que os principais componentes e equipamentos, bem como mercadorias no comércio exterior, devem ser transportados rapidamente.

"Em comparação com seus movimentos anteriores, desta vez a China deu mais ênfase à estabilização das cadeias industriais e de suprimentos no curto prazo", disse Zhao Ping, pesquisadora da Academia do Conselho Chinês de Promoção do Comércio Internacional.

"Desentupir a logística é de suma importância para o comércio exterior no momento", disse Zhao. Ela observou que os recentes casos esporádicos da COVID-19 pesaram na cadeia de fornecimento de comércio exterior, restringindo a eficiência da produção e a rentabilidade.

Para enfrentar os desafios, as alfândegas em todo o país adotaram medidas específicas para cada região para agilizar procedimentos e desembaraço de frete.

No distrito aduaneiro de Huangpu de Guangdong, no sul da China, por exemplo, todas as restrições administrativas foram eliminadas, com um canal expresso onde os produtos agrícolas e alimentos frescos desfrutam de acesso e inspeção mais rápidos.

Graças a essa facilitação, leva apenas 16 horas para um pacote de vegetais, recém-saído das fazendas de Guangdong, chegar a um mercado de alimentos de Hong Kong, disse um oficial da alfândega de Huangpu.

Para o frete marítimo, Huzhou no leste da China lançou um modelo de declaração pré-chegada, que permite aos importadores terminar a declaração, verificação de licença e pagamentos de tarifas antes de sua carga entrar nos portos. Isso reduz a permanência de uma carga em um porto para menos de 20 minutos.

 

NOVO IMPULSO

Ao mesmo tempo em que oferece soluções para a logística, a diretriz ressalta o fomento de novos impulsionadores de crescimento para o comércio exterior. A diretriz enfatiza em particular o comércio eletrônico transfronteiriço, e incentiva o licenciamento de empresas qualificadas nesta esfera como "empresas de alta tecnologia ou de nova tecnologia".

"A inovação é a única escolha para as empresas de comércio exterior lidarem com desafios e fazerem avanços", disse Zhao, observando que o comércio eletrônico transfronteiriço exemplifica o desenvolvimento orientado à inovação do comércio exterior.

"Isso exige que o país dê o mesmo apoio político ao comércio eletrônico transfronteiriço quanto aos setores de alta tecnologia e ajude seu crescimento baseado em inovação", disse Zhao.

Zhao também aconselhou as indústrias relacionadas ao comércio exterior a nutrir novos modelos de negócios dentro das zonas francas da China, citando reparo de bens alfandegados, um modelo de negócio onde os técnicos reparam ou atualizam produtos estrangeiros com falhas e depois os devolvem aos produtores. É uma integração do comércio de mercadorias e comércio de serviços, disse Zhao.

À medida que as empresas de comércio exterior buscam oportunidades globalmente, a diretriz detalha medidas para melhor protegê-las dos riscos, pedindo às instituições financeiras que ampliem a cobertura do seguro de crédito de exportação para pequenos e micro exportadores.

Bai Ming, pesquisador da Academia Chinesa de Cooperação Comercial e Econômica Internacional, sob o Ministério do Comércio, comparou esse seguro a uma "escolta" para as empresas que navegam em mercados no exterior. "Esforços direcionados são necessários para reduzir os custos de seguros para pequenas e micro empresas de comércio exterior e melhorar os serviços para indenização de sinistros", disse Bai.

As instituições financeiras também estão ampliando o acesso das empresas de comércio exterior ao capital, em uma tentativa de aumentar a confiança do mercado. Um caso em espécie é o Banco de Exportação-Importação da China, um banco de política que recentemente emitiu títulos destinados a impulsionar o comércio exterior.

No valor de 3 bilhões de yuans (US$ 445 milhões) e com uma duração de um ano, esses títulos ajudarão a levantar fundos para setores no comércio exterior, de acordo com o banco.

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