O número de capitais brasileiras com tendência de aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Severa (SRAS) chegou a 20 das 27 existentes no país, segundo o boletim semanal da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o que demonstra que se observou em todas as regiões do país um aumento contínuo dos casos de COVID-19.
A Síndrome Respiratória Aguda Severa pode ser causada pelo SARS-CoV-2 (o vírus da COVID-19) e tem sido monitorada como um parâmetro para acompanhar a propagação da pandemia no Brasil desde 2020.
Durante os momentos mais críticos da pandemia, mais de 98% das mortes relacionadas com a SRAS com resultado positivo nos testes de detecção de um vírus respiratório foram causadas pela COVID-19.
No boletim desta semana, 48% dos casos de SRAS e 84% das mortes atribuídas a casos virais da síndrome estão associadas ao SARS-CoV-2, levando em conta as últimas quatro semanas.
Nas crianças até quatro anos de idade, o documento informa que continua o predomínio do vírus sincicial (VRS) entre as causas da SRAS. Em segundo lugar, vem o rinovírus, seguido pelo SARS-CoV-2 e o metapneumovírus.
No ano epidemiológico de 2022, já foram notificados 141.808 casos de SRAS no Brasil, dos quais 72.092 (50,8%) tinham um resultado de laboratório positivo para algum vírus respiratório. Dos positivos para vírus respiratórios, 81,5% foram causados pelo SARS-CoV-2, 8,1% pelo vírus sincicial respiratório e 5,1% pela gripe A.