Um medicamento chinês para o tratamento de pacientes infectados pela variante Omicron mostrou bons resultados em termos de segurança, tolerabilidade e eficácia na redução da disseminação viral ou na quantidade de tempo que as células infectadas expelem os vírus reproduzidos.
De acordo com Huashan Ganran, a conta oficial do WeChat administrada pelo Centro Médico Nacional de Doenças Infeciosas e o departamento de doenças infeciosas do Hospital Huashan afiliado à Universidade Fudan, o medicamento VV116 é capaz de inibir a replicação de variantes de coronavírus, incluindo Omicron.
Um ensaio clínico de Fase 1 realizado de 8 a 24 de março envolveu 136 pacientes hospitalizados com Covid-19 divididos em um grupo de tratamento de 60 pacientes que receberam VV116 além do tratamento padrão e um grupo de controle de 76 pacientes que não tomaram o medicamento.
De acordo com um anúncio na quarta-feira (18) na conta do WeChat, o ensaio clínico da Fase 1 sugeriu que o tempo de disseminação viral foi reduzido para 8,56 dias no grupo de tratamento, em contraste com 11,13 dias no grupo de controle.
Funcionou da mesma forma em pacientes sintomáticos que tomaram o medicamento dentro de dois a 10 dias após o primeiro teste positivo de ácido nucleico. Segundo divulgado, nenhum efeito colateral grave ocorreu até então.
O estudo foi um esforço colaborativo do Centro Médico Nacional de Doenças Infeciosas; Laboratório Chave de Shanghai de Respostas a Emergências de Doenças Infeciosas e Biossegurança; uma equipe médica de Shanghai do hospital Huashan liderada pelo especialista em doenças infeciosas Zhang Wenhong; uma equipe do Centro Clínico de Saúde Pública de Shanghai liderada por Fan Xiaohong; e um laboratório na área especial de Shanghai Lingang na Nova Àrea de Pudong.
No entanto, devido ao tamanho limitado da amostra e nenhum dos participantes sendo pacientes críticos ou graves de Covid-19, ainda não se sabe se o medicamento pode impedir que os pacientes progridam de doenças leves a críticas, observou a equipe de pesquisa.
A pesquisa, um estudo de coorte aberto e prospectivo de VV116 em participantes chineses infectados com variantes de SARS-CoV-2 Omicron, foi publicado na revista Emerging Microbes and Infections na quarta-feira.