Campos de petróleo marginais de Angola estimados com 4 bilhões de barris de reservas

Fonte: Xinhua    18.05.2022 10h27

Angola disse que suas reservas de campos marginais declarados estão estimadas em quatro bilhões de barris de petróleo, disse CEO da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) do país, Paulino Jerónimo, na abertura do 8º Congresso e Exposição do Petróleo Africano (CAPE VIII).

Jerónimo disse que a quantidade significa que há muito a ser desenvolvido para permitir a estabilização da produção de petróleo bruto de Angola e que o desafio é impulsionar e intensificar a substituição de reservas com vista a atenuar o acentuado declínio da produção.

Angola tem cerca de 820 mil quilômetros quadrados de bacia sedimentar e não tem uma estratégia de exploração para avaliar toda a sua extensão, disse Jerónimo no CAPE VIII, realizado na capital do país, Luanda, de 16 a 19 de maio.

Ele disse que foi aprovada uma estratégia de atribuição de concessões, que prevê a entrega de cerca de 50 de 2019 a 2025, acrescentando que foram atribuídas cerca de 25, representando 50%, um trabalho feito em apenas três anos desde que foi criada a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis.

"A estratégia de licitação, além de olhar para o offshore, nas águas profundas e razas, e o onshore no litoral, também está a olhar para as bacias do interior, com cerca de 520 quilómetros quadrados de Bacias Sedimentares, em que já reconhecemos a existência de asfalto na superfície", revelou.

Jerónimo acrescentou que, até alguns anos atrás, o Estado angolano deteve os direitos de exploração de gás, no entanto, recentemente decidiu dar os direitos aos investidores, o que possibilitou a implantação de dois grandes projetos e a criação de nove consórcios de gás.

A produção de petróleo de Angola atingiu seu pico em 2008, quando produziu 1,9 milhão de barris de petróleo por dia, enquanto a produção atual foi estimada em 1,2 milhão de barris por dia, disse ele.

O declínio da produção de petróleo deveu-se à falta de exploração e não desenvolvimento de campos marginais, uma vez que nos últimos 20 a 30 anos, vários campos foram descobertos, mas não eram economicamente viáveis à luz dos contratos existentes, acrescentou.

O Congresso e Exposição do Petróleo Africano é o maior e mais influente evento de petróleo e gás da África, proporcionando aos investidores oportunidade de ter mais informações e conhecimento sobre a indústria de petróleo e gás na África.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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