A Câmara dos Deputados brasileira autorizou nesta terça-feira o governo federal a doar vacinas contra COVID-19 a outros países como forma de cooperação internacional.
Por 342 votos a favor e dois contra, os deputados aprovaram o texto, que foi apresentado ao Congresso em dezembro do ano passado e que agora seguirá para o Senado, onde deve ser ratificado para que entre em vigor.
O governo brasileiro calcula que tem cerca de 30 milhões de vacinas contra COVID-19 que podem ser doadas a outros países.
A medida estabelece que as doações serão feitas através do Ministério da Saúde, que definirá a quantidade e os países beneficiados, e que sempre serão feitas depois de ter recebido o pedido do país destinatário. Este deverá arcar com os custos de transporte das vacinas.
Embora produza em território nacional vários tipos de vacina contra a COVID-19, a legislação brasileira, até então, não permitia a doação dos imunizantes a outros países.
Até agora, só foram destinadas 5,1 milhões da vacina à iniciativa internacional Covax Facilty, para fazer os imunizantes chegarem aos países mais pobres, e cerca de 500 mil doses da vacina Sinovac, doadas ao Paraguai, dentro de uma estratégia para fazer chegar as vacinas a todos os países da América do Sul.
Segundo país do mundo com mais mortes e terceiro em número de casos de COVID-19, o Brasil aplicou até o momento 428.716.425 doses de vacinas contra o vírus, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa.
De acordo com os dados mais recentes, 164.363.406 de pessoas (76,51% da população total) já estão completamente imunizadas, enquanto 87.052.949 (40,52% da população) receberam doses de reforço e 177.300.070 (82,53%) estão parcialmente imunizadas com uma dose.