A Embaixada da China nos Estados Unidos repreendeu na terça-feira (3) as recentes falsas alegações do Departamento de Estado dos EUA de que autoridades e mídia chinesas "amplificam rotineiramente a propaganda, as teorias da conspiração e a desinformação do Kremlin" sobre a questão da Ucrânia.
Solicitado pela imprensa a comentar uma declaração publicada na segunda-feira (2) no site do Departamento de Estado dos EUA, o porta-voz da embaixada afirmou que "a posição da China sobre a questão da Ucrânia é imparcial, objetiva e irrepreensível".
"Quando se trata de espalhar desinformação, o lado dos EUA deve refletir seriamente sobre si mesmo", disse o porta-voz, observando que "ao longo dos anos, os EUA travaram guerras no Iraque, Afeganistão e Síria, matando 335.000 civis. Isso não é desinformação".
"A grande maioria dos países do mundo defende a resolução do conflito Rússia-Ucrânia por meio do diálogo e da negociação, e nenhum deles quer ver a situação escalar nem mesmo sair do controle. Isso não é desinformação", acrescentou o porta-voz.
"No documento de trabalho apresentado pelos EUA à reunião dos Estados Partes da Convenção de Armas Biológicas (BWC, na sigla em inglês) em novembro de 2021, os EUA admitiram que possuem 26 biolaboratórios na Ucrânia. De acordo com a ficha informativa divulgada pelo Departamento de Defesa em março de 2022, os EUA estão apoiando 46 instalações na Ucrânia", acrescentou o porta-voz. “Isso não é desinformação”.
O porta-voz instou Washington a acolher a verificação conjunta da comunidade internacional sob a ONU e o BWC, acrescentando que "culpar e difamar não resolverá o problema".