Ministro da Saúde do Brasil afirma ser necessário conviver com COVID-19

Fonte: Xinhua    19.04.2022 13h14

O ministro da Saúde do Brasil, Marcelo Queiroga, disse nesta segunda-feira que a COVID-19 não acabou nem deve acabar nos próximos meses, o que significa que será necessário aprender a "conviver com o vírus".

Em entrevista à imprensa, Queiroga deu detalhes sobre a medida anunciada no domingo que vai encerrar a Emergência Sanitária de Importância Nacional (Espin) para enfrentar a pandemia.

"A COVID não acabou e não acabará, pelo menos no momento. E temos que conviver com esta doença. Felizmente, parece que o vírus tem perdido força, diminuindo sua letalidade e a cada dia, se vislumbra um período pós-pandêmico mais próximo para todos", afirmou.

Segundo Queiroga, do ponto de vista sanitário, o Brasil cumpre todos os requisitos para decretar o fim da Espin e confirmou que o governo publicará nos próximos dias um ato normativo para regularizar a decisão.

Entre os pontos necessários para a adoção da medida, o ministro destacou a queda de mortes pela doença, a ampla cobertura vacinal e a capacidade do Sistema Único de Saúde (SUS) para atender a demanda e assegurou que nenhuma política pública será interrompida com o fim da emergência de importância nacional.

O Ministério da Saúde solicitou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que mantenha a autorização para o uso emergencial dos insumos utilizados no combate à COVID-19, como as vacinas e medicamentos, por um ano.

Além disso, pediu que a Anvisa mantenha a prioridade de análises de solicitação de registro desses insumos, como tem feito desde o início da pandemia.

A emergência sanitária foi decretada no Brasil em fevereiro de 2020, poucos dias depois da Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou uma emergência internacional de saúde pública.

A norma permitiu que o governo e as autoridades estaduais e municipais tomassem medidas como o obrigatório de máscaras e a autorização de emergência para as vacinas.

Com o fim da Espin, o Ministério da Saúde estima que mais 2 mil normas cairão em todo o país.

A OMS ainda não reavaliou a situação de emergência internacional relacionada à COVID-19.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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