O governo do Brasil pediu nesta quinta-feira a suspensão imediata das hostilidades e uma solução diplomática para a crise da Ucrânia baseada nos acordos de Minsk, segundo um comunicado divulgado pelo Palácio do Itamaraty, a chancelaria brasileira.
A nota foi divulgada horas depois que o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou "uma operação militar especial" na região de Donbass e a Ucrânia confirmou que instalações militares estavam sendo atacadas em todo o país.
"O governo brasileiro acompanha com grave preocupação a deflagração de operações militares pela Federação da Rússia contra alvos no território da Ucrânia", assinalou o comunicado do Itamaraty.
"O Brasil pede a suspensão imediata das hostilidades e o início das negociações que conduzam a uma solução diplomática da questão, baseada nos Acordos de Minsk e levando em conta os legítimos interesses de segurança de todas as partes envolvidas e a proteção da população civil", afirmou.
"Como membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil segue participando das reuniões multilaterais que buscam uma solução pacífica, em consonância com a tradição diplomática brasileira e em defesa de soluções guiadas pela Carta das Nações Unidas e pelo direito internacional", acrescentou o comunicado.
Em especial, o governo brasileiro destacou a defesa dos princípios de não intervenção, soberania e integridade territorial dos Estados e a solução pacífica das controvérsias.
Segundo o Itamaraty, a embaixada do Brasil em Kiev permanece aberta e dedicada, com prioridade, desde o agravamento das tensões, à proteção dos cerca de 500 cidadãos brasileiros que se encontram na Ucrânia.