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China: atleta de Xinjiang refuta rumores e compartilha histórias interessantes na Vila Olímpica

Fonte: Diário do Povo Online    18.02.2022 14h37

Sempre há momentos leves e divertidos em que atletas de todo o mundo aproveitam seus momentos de lazer não competitivos na Vila Olímpica.

"Há atletas estrangeiros pedindo à manicure para desenhar Bing Dwen Dwen para eles, mas a manicure disse: 'Não, não, não, é muito difícil!'" Bayani Jialin, uma atleta chinesa de 22 anos, compartilhou histórias interessantes da Vila Olímpica com o Global Times.

No contexto dos esforços contínuos do Ocidente liderado pelos EUA de usar tópicos relacionados a Xinjiang para difamar a China, alguns meios de comunicação ocidentais prestaram atenção especial a alguns atletas da região de Xinjiang, no noroeste da China, durante os Jogos Olímpicos de Inverno de Beijing 2022, alegando que a China está usando atletas da região como "ferramentas de propaganda".

Bayani, que vem da prefeitura de Altai de Xinjiang - um lugar que tem sido apontado como a origem do esqui - disse que participar dos Jogos Olímpicos é uma experiência preciosa para todo atleta, e os meios de comunicação ocidentais que usaram temas políticos para sensacionalizar atletas de Xinjiang devem ter empatia. E para a própria Bayani, participar dos Jogos Olímpicos de Inverno de Beijing 2022 foi um sonho tornado realidade.

Na prova de revezamento feminino 4x5km do esqui cross-country em 12 de fevereiro, a equipe chinesa - composta por Chi Chunxue, Li Xin, Bayani e Ma Qinghua - ficou em 10º lugar na competição final, que foi o melhor desempenho da história da equipe China.

"Honestamente, eu nunca tinha ouvido falar desse esporte antes dos 17 anos", disse Bayani ao Global Times, já que o esporte de inverno começou bem tarde na China.

Em 2017, Bayani, que era boa em corrida, foi escolhida pelo centro de gerenciamento de esportes de inverno de Xinjiang como atleta do esqui cross-country. Sob a formação do técnico norueguês Kristian Bjune Sveen, Bayani e outros atletas começaram com o treinamento básico - corrida, treinamento de simulação e uso de pranchas de esqui.

A companheiro de equipe de Bayani, Dinigeer Yilamujiang, foi uma das portadoras da tocha na etapa final, que apareceu na cerimônia de abertura em 4 de fevereiro.

"Foi uma grande surpresa para mim! Eu sabia apenas que ela compareceria à cerimônia de abertura, mas não sabia que ela acenderia a pira. Fiquei emocionada e orgulhosa dela!" disse Bayani.

No entanto, alguns meios de comunicação ocidentais, especialmente o New York Times e o Wall Street Journal, continuaram exaltando Dinigeer e outros atletas de Xinjiang, dizendo que escolher Dinigeer como o último portador da tocha é a "resposta" de Beijing às críticas do Ocidente aos direitos humanos da China ou que Dinigeer desapareceu no segundo dia após a cerimônia de abertura e não apareceu na zona mista.

Em resposta ao hyping da mídia ocidental, Bayani disse que passou pela zona mista com Dinigeer após a competição. Quanto ao hyping da mídia ocidental, as duas atletas não discutiram como "não vale a pena falar sobre isso", porque esse hyping tornou evidente que a mídia ocidental não demonstrava respeito aos atletas de grupos étnicos.

Bayani Jialin Photo: Captura de tela de sua entrevista com GT

"Como atletas, trabalhamos muito para ter a chance de participar das Olimpíadas de Inverno. Nem todos podem ter uma oportunidade tão preciosa. Eu realmente desejo que alguns meios de comunicação ocidentais possam ter empatia e focar nas Olimpíadas em vez de politizar" disse Bayani.

Para ganhar mais experiência, Bayani participou de muitas competições internacionais em muitos países, incluindo Noruega e Alemanha. Ela disse que se sentia orgulhosa de ser chinesa quando atletas estrangeiros falavam sobre a China, incluindo culinária e transporte. Ela afirmou que também apresentaria sua cidade natal Altay a eles.

Além disso, as instalações dos Jogos Olímpicos de Inverno de Beijing estão entre as melhores do mundo, disse Bayani. "Os serviços na Vila Olímpica também são generosos, o que me tocou."

Ao falar sobre os serviços na Vila Olímpica, Bayani mostrou as unhas aos repórteres do Global Times, dizendo: "É tão engraçado que, quando fui à manicure, ela me disse que fui a primeira chinesa a visitá-la. Falamos por duas horas sobre os atletas estrangeiros. Muitos deles escolheram 'Vermelho China', uma cor que eles gostaram muito".

"Participar dos Jogos Olímpicos de Inverno de Beijing era um objetivo para mim e, como foi alcançado, não me arrependo e vai ficar na memória por toda a vida", disse Bayani, acrescentando que ela também tem um objetivo maior para o futuro - participar dos próximos Jogos Olímpicos de Inverno a serem realizados na Itália em 2026.

A mídia norte-americana Inside afirmou que os atletas reclamaram do frio e das instalações das Olimpíadas de Beijing e disse que um atleta sueco desmaiou após uma partida.

No entanto, Bayani disse que o atleta pode ter desmaiado devido à exaustão e não ao clima.

"A frequência cardíaca média de um atleta está acima de 175 durante a competição e isso se mantém por cerca de 20 minutos. Se estiver correndo, a pessoa sentirá dores musculares nas pernas e nos braços", disse Bayani.

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