Tanto o presidente russo, Vladimir Putin, quanto o chanceler alemão, Olaf Scholz, em visita na terça-feira, destacaram a necessidade de evitar uma guerra pela Ucrânia e resolver a crise por meio de esforços diplomáticos.
"É claro que não queremos guerra. É por isso que apresentamos propostas para o início de um processo de negociação em uma tentativa de chegar a um acordo que garanta segurança igual para todos", disse Putin durante uma coletiva de imprensa com Scholz após suas conversas no Kremlin.
Scholz disse que, apesar de as posições da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e da União Europeia serem diferentes das da Rússia, o diálogo continua sendo crucial.
A Europa enfrenta uma de suas crises mais perigosas em décadas e há uma necessidade urgente de acalmar as tensões em relação à Ucrânia e evitar uma possível guerra, destacou o líder alemão.
Como uma guerra na Europa é "inimaginável", Scholz considerou dever de Putin e dele próprio impedir qualquer escalada militar no continente.
"As oportunidades diplomáticas ainda não se esgotaram. Ouvimos dizer que algumas unidades militares russas estão sendo retiradas das fronteiras e isso é um bom sinal", disse Scholz.
Quanto às preocupações de segurança da Rússia, Scholz assegurou a Putin que a expansão da OTAN nem sequer está na agenda.
No entanto, Putin disse que adiar a possível adesão da Ucrânia à OTAN não resolverá nada para a Rússia, e Moscou quer que suas preocupações de segurança sejam tratadas com seriedade.
A Rússia vai agir "de acordo com o plano" e seus movimentos refletirão as últimas realidades, mas ninguém pode prever como a situação vai se desenrolar, disse Putin, acrescentando que Moscou, no entanto, se esforçará para resolver todas as questões existentes por meios diplomáticos.