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Chefe da ONU pede diplomacia para acalmar tensões Rússia-Ucrânia

Fonte: Xinhua    16.02.2022 14h42

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu na segunda-feira que a diplomacia amenize as tensões crescentes entre a Rússia e a Ucrânia.

Em um encontro com a imprensa, Guterres disse que está profundamente preocupado com as tensões atuais e com o aumento da especulação sobre um possível conflito militar.

"O preço do sofrimento humano, destruição e danos à segurança europeia e global é alto demais para ser contemplado. Simplesmente não podemos aceitar nem mesmo a possibilidade de um confronto tão desastroso", disse ele.

"Não há alternativa à diplomacia. Todas as questões, inclusive as mais intratáveis, podem e devem ser abordadas e resolvidas por meio de estruturas diplomáticas. Acredito firmemente que esse princípio prevalecerá", disse Guterres.

Mais cedo nesta segunda-feira, o secretário-geral realizou uma reunião virtual com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov. Ele também falou individualmente com o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba.

Guterres disse que permanecerá totalmente engajado nas próximas horas e dias.

Ele disse que, como secretário-geral, é seu dever apelar ao pleno respeito da Carta da ONU, um pilar fundamental do direito internacional.

Ele citou parte do Artigo 2 da Carta da ONU: "todos os membros deverão resolver suas disputas internacionais por meios pacíficos de tal maneira que a paz e a segurança internacionais e a justiça não sejam ameaçadas, ou uso da força contra a integridade territorial ou independência política de qualquer Estado, ou de qualquer outra forma inconsistente com os Propósitos das Nações Unidas".

Agora é hora de acalmar as tensões e diminuir as ações no terreno. Não há lugar para retórica provocativa. As declarações públicas devem ter como objetivo reduzir e não aumentar as tensões, disse ele.

Guterres saudou a recente enxurrada de contatos e compromissos diplomáticos, inclusive entre chefes de Estado, mas disse que é preciso fazer mais.

"Disponibilizei meus bons ofícios e não deixaremos nada mal resolvido na busca de uma solução pacífica. Abandonar a diplomacia para o confronto não é um passo além dos limites, é um mergulho no precipício", disse ele. "Em suma, meu apelo é este: não falhemos na causa pela paz".

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