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Sabor das ruas do Brasil proporciona nova experiência a convidados chineses

Fonte: Xinhua    19.01.2022 08h40

Feijão fradinho e azeite de dendê, com recheio de vatapá e caruru, uma mordida, camadas ricas, terno e suculento, é a comida tradicional do Brasil acarajé.

Recentemente, o documentário "O Sabor das Ruas do Brasil", filmado pelo diretor brasileiro Tiago Arakilian, promovido e distribuído pela Embaixada do Brasil na China, foi lançado em várias plataformas online na China. O documentário apresenta dez comidas típicas das ruas brasileiras, explorando a diversidade e sabores integrados no Brasil, sendo bem recebido pelos internautas chineses.

A fim de permitir que os convidados chineses degustassem a autêntica comida brasileira, na noite de 14 de janeiro, a Embaixada do Brasil na China, em conjunto com a plataforma da cultura de catering "the Hutong", realizou um encontro offline de compartilhamento das iguarias apresentadas no documentário nos Hutongs (um tipo de ruela muito comum nas cidades no norte da China) em Beijing.

Paula Garcia, chefe brasileira do evento, mora na China há mais de três anos. Ela apontou que chineses e brasileiros têm muito em comum na alimentação. A gente tem o hábito de sentar na mesa e colocar todos os pratos no meio para as pessoas se servirem.

"A melhor forma de você conhecer uma cultura é por meia da comida," disse Paula, "Eu gosto de provar os pratos típicos. No Brasil, a comida chinesa que a gente tem é bem diferente do que a gente encontra aqui. Por exemplo, eu não imaginava que você tinha tanto os pratos diferentes usando a berinjela, que eu gosto demais."

"Às vezes o mesmo ingrediente que você tem no Brasil, aqui na China se usa de uma maneira completamente diferente, que você nunca parou para pensar", adicionou Paula.

Acarajé, pastel, coxinha, baião-de-dois e crepes de tapioca, foram cinco pratos servidos na festa. Entre eles, o pastel é considerado uma comida que vem da China.

"Há algumas semelhanças entre a culinária chinesa e brasileira", disse Larissa Costa, diretora do Escritório Cultural da Embaixada do Brasil em Beijing. Ela observou que os chineses e brasileiros amam comida picante, costumam comer frango e porco, feijão e arroz, e a gente pode encontrar comidas fritas semelhante nas ruas dos dois países. "Gostaríamos de aproveitar esta oportunidade para trazer um pouquinho mais do calor do Brasil para este inverno chinês", acrescentou.

Os convidados que vieram para experimentar a culinária brasileira ficaram entusiasmados com os pratos da noite. "Acho que pastel e coxinha são meus favoritos", disse Li Huifen, convidado que provou comida brasileira pela primeira vez, "Eu só sabia do carnaval sobre o Brasil, mas depois de provar os petiscos brasileiros hoje, senti que combinavam com os gostos chineses, minha impressão do Brasil ficou mais tridimensional."

Paulo Estivallet de Mesquita, embaixador brasileiro em Beijing, também participou da festa. "O Brasil e a China são dois países que são muito distantes geograficamente mas têm influências comuns. O Brasil se tornou o maior fornecedor de alimentos da China e queremos que o povo dos dois países tenham a oportunidade de experimentar essa diversidade, essa história diferente, essa cultura diferente, e a gastronomia é uma parte muito importante da cultura", disse.

Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal e a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais do Brasil, as exportações brasileiras de carne suína atingirão 1,13 milhão de toneladas em 2021, sendo que quase a metade foi exportada para a China. A China importou um total de 950.000 toneladas de carne bovina do Brasil, tornando-se o seu maior comprador. As exportações de soja do Brasil atingiram 86,83 milhões de toneladas, um recorde. Destes, cerca de 60 milhões de toneladas foram vendidas para a China.

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