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Infecções de COVID-19 aumentam nos países europeus conforme Ômicron se espalha

Fonte: Xinhua    07.01.2022 14h57

Após uma pausa durante a temporada de férias, os países europeus estão testemunhando novas infecções por COVID-19 em disparada, à medida que a variante Ômicron continua se espalhando todo o continente.

NÚMEROS AUMENTANDO

França, Grécia e Croácia quebraram novos registros de casos de COVID-19, enquanto os dois países vizinhos, Holanda e Bélgica, viram as taxas de infecção aumentarem significativamente em 35 e 79 por cento, respectivamente.

Na Grécia, apesar de um fortalecimento nas medidas durante a temporada de férias, os casos dispararam. A Organização Nacional de Saúde Pública (EODY) confirmou na terça-feira 50.126 infecções em 24 horas, um recorde histórico.

Especialistas gregos preveem que o número continue aumentando neste mês, com os casos diários possivelmente chegando a 80.000 nos próximos dias.

Na Hungria, dados oficiais divulgados na quarta-feira mostraram 5.270 novas infecções em um período de 24 horas, mais do que o dobro dos números registrados nas semanas anteriores.

Supostamente em uma fase de "disseminação pela comunidade", a Finlândia relatou 38.700 novos casos de COVID-19 nos últimos sete dias, em comparação com 19.600 novos casos na semana anterior.

Apesar das campanhas de vacinação e medidas antipandêmicas, incluindo fechamentos e quarentenas, o pico de novas infecções ainda está para chegar em alguns países europeus, dizem os especialistas.

"O pico da pandemia ainda não foi visto na Finlândia", disse Liisa-Maria Voipio-Pulkki, especialista-sênior do Ministério de Assuntos Sociais e Saúde da Finlândia.

Especialistas holandeses acreditam que o pico chegará no final de janeiro. "Mas não está claro quão alto será esse pico", disse a epidemiologista holandesa, Susan van den Hof.

MOTIVOS: ÔMICRON E REUNIÕES DE FÉRIAS

Dados oficiais mostraram que o aumento de novas infecções por COVID-19 foi em grande parte alimentado pela variante Ômicron altamente transmissível, e a situação foi agravada por reuniões durante a temporada de férias.

O presidente da EODY, Theoklis Zaoutis, disse a repórteres que mais de 70 por cento dos novos casos nas cinco grandes regiões da Grécia são infecções com a variante Ômicron, altamente contagiosa.

O Ministério da Saúde espanhol afirmou que a variante Ômicron é agora responsável por 43 por cento de todos os casos de COVID-19 na Espanha.

Na Hungria, a variante do vírus Ômicron também está se espalhando rapidamente. O governo húngaro afirmou em seu site oficial na quarta-feira que a variante é responsável por mais de 11 por cento das novas infecções.

O ministro da Saúde da Croácia, Vili Beros, disse que a Ômicron é a razão para o aumento do número de infecções, enquanto outros fatores incluem os encontros para a passagem de ano, bem como o não cumprimento das medidas.

O ministro da Saúde polonês, Adam, descreveu o aumento no país como uma situação temporária causada pela temporada de férias e pelo aumento do número de exames realizados.

O especialista em saúde húngaro, Zsombor Kunetz, disse à Xinhua que o governo deveria fazer mais para combater a variante Ômicron.

"Como já disse antes, o que o governo deve fazer para deter a pandemia é o seguinte: vacinação obrigatória, uso obrigatório de máscara PFF2 em locais lotados e fechados e regras 2G, exceto para locais de trabalho, transporte público e mercearias. Apenas os indivíduos vacinados devem ter permissão para ir a qualquer outro local", disse Kunetz.

VACINAÇÃO

Para conter a disseminação da variante Ômicron, funcionários e especialistas mais uma vez apelaram às pessoas para serem vacinadas o mais rápido possível.

O ministro da Saúde da França, Olivier Veran, enfatizou a importância da vacinação, dizendo que ajuda a prevenir sintomas graves, enquanto uma pessoa não vacinada, quando infectada, provavelmente precisará ser hospitalizada.

Para combater a pandemia, as autoridades húngaras decidiram iniciar outro programa especial de vacinação em janeiro, após um bem-sucedido iniciado em novembro, no qual as pessoas podem receber a vacina sem registro prévio ou agendamento.

O ministro da Saúde alemão, Karl Lauterbach, enfatizou que embora o risco de doença causada pela infecção com a variante Ômicron tenha sido "significativamente menos perigoso", isso não é motivo para "soar o alarme", especialmente para aqueles que não foram vacinados.

O ministro da Saúde da Croácia, Vili Beros, também disse que é extremamente importante que os cidadãos sejam vacinados, especialmente com a terceira dose.

A Ômicron é altamente contagiosa, mas seus impactos sobre os vacinados serão muito mais brandos, disse Beros, acrescentando que é especialmente necessário vacinar os cidadãos com mais de 65 anos.

Alemka Markotic, diretora da Clínica de Doenças Infecciosas croata, disse que infecções duplas ou mesmo triplas não são incomuns, e cenários clínicos mais graves podem ser esperados nesses casos.

É por isso que os cidadãos devem ser vacinados contra a gripe, e continuar sendo vacinados contra o COVID-19, disse Markotic.

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