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O que esperar da ciência e tecnologia chinesa em 2022

Fonte: Xinhua    06.01.2022 08h19

A construção da estação espacial, um supercomputador mais forte, novos medicamentos e tecnologia de baixo carbono vão definir o setor de ciência e tecnologia da China em 2022.

EXPLORAÇÃO ESPACIAL

Este ano, os astronautas chineses verão sua quitinete virar uma "cobertura". Após o lançamento dos módulos de laboratório Wentian e Mengtian, duas naves de carga e duas naves espaciais tripuladas, o novo posto avançado da China no espaço tomará forma.

Mais de uma dúzia de racks de experimentos e uma plataforma de experimentos extraveiculares será instalada para apoiar centenas de projetos de pesquisa em áreas como astronomia, ciência da vida espacial, biotecnologia, microgravidade, física básica e materiais espaciais. A nação espera impulsionar a colaboração global nesse sentido.

Além disso, o primeiro satélite de exploração solar da China, lançado ao espaço em outubro do ano passado, está enviando dados sobre erupções solares de volta à Terra. Pode ajudar a aprofundar nossa compreensão sobre o Sol.

De volta à Terra, espera-se que um observatório na Província de Sichuan, no sudoeste da China, revele mais segredos do universo. A LHAASO já detectou em 2021, seu primeiro ano de serviço, aceleradores cósmicos de ultra-alta energia dentro da Via Láctea, um descobrimento que está reescrevendo nossa compreensão sobre a galáxia. Mais descobertas são esperadas em 2022, incentivadas pela perspectiva de mais colaboração internacional.

CAPACIDADE DE COMPUTAÇÃO

A China está preparando o lançamento de um supercomputador mais rápido. A equipe chinesa que ganhou o Prêmio Gordon Bell de 2021 descreveu em seu papel vencedor uma máquina poderosa ainda a ser publicada que pode alcançar um desempenho sustentado de 1,2 exaflops de poder computacional de precisão única.

Tal dispositivo poderia ser usado para rastrear moléculas terapêuticas e simular o caótico clima do planeta que poderia ajudar a desacelerar o aquecimento global.

Embora o computador quântico ainda seja incapaz de resolver quaisquer problemas no mundo real, seu desempenho continua a melhorar rapidamente.

Em 2021, cientistas chineses lançaram dois sistemas de computação quântica supercondutores, Zuchongzhi e Zuchongzhi 2.1 em meio ano, tornando a China um dos líderes mundiais no campo.

A corrida global para manobrar qubits mais entrelaçados será intensa no novo ano.

NOVO MEDICAMENTO

Um par de candidatos a drogas originais na China está atualmente a caminho. Espera-se que eles produzam resultados inspiradores este ano.

Dois candidatos anticoronavírus desenvolvidos internamente, VV116 e FB2001, foram aprovados para ensaios clínicos, respectivamente, no Uzbequistão e nos Estados Unidos.

Além disso, um medicamento que espera tratar tumores sólidos desenvolvido pela BeiGene, uma farmacêutica com sede em Beijing, está sendo testado clinicamente. É um potencial candidato "primeiro na classe" que usa um novo e único mecanismo para o tratamento da doença.

Ela veio depois que a RemeGen, uma farmacêutica baseada em Yantai, obteve a permissão de comercialização no ano passado para sua nova droga para o tratamento de lúpus erythematosus sistêmico (SLE).

O conselho de inovação de tecnologia sci-tech da China STAR foi lançado em 2019 e financiou biotecnologias chinesas com investimentos de P&D muito necessários. Hoje, essas startups estão começando a mudar o cenário farmacêutico do país.

TECNOLOGIA DE BAIXO CARBONO

Como a China pretende atingir o pico de suas emissões de CO2 antes de 2030 e alcançar a neutralidade de carbono antes de 2060, a tecnologia que reduz as emissões de carbono está em alta demanda.

Enquanto o esforço do país para desenvolver energia renovável está em pleno andamento, sua chaminé e indústrias intensivas em energia estão sendo revisadas para torná-las mais ecológicas.

No ano passado, um projeto de teste no campo petrolífero de Liaohe, no nordeste da China, injetou 3.200 toneladas de CO2 em um poço para bombear mais óleo enquanto fixava o carbono no solo.

Essas técnicas de ganho mútuo serão aplicadas mais nos próximos anos, traduzindo as promessas de redução de carbono da China em oportunidades lucrativas.

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