Por Yi Fan
Por ocasião da 3ª Reunião de Ministros do Fórum China-CELAC
À medida que as cerejas frescas e sucosas amadurecem na Fazenda de Demonstração China-Chile em Tianjin, os consumidores chineses se aproximam mais da possibilidade de comprar cerejas a um preço acessível. Quando foi lançada a pedra fundamental no primeiro trecho da linha ferroviária “Trem Maya”, empreitada a ser construída pela China Communications Construction Company (CCCC), o povo mexicano se aproxima mais do sonho de realizar o melhor desenvolvimento. Estes episódios constituem um retrato autêntico das relações de amizade entre a China e os países da América Latina e do Caribe (ALC). Desde 1960, o ano em que Cuba foi o primeiro país da região a estabelecer relações diplomáticas com a China, as relações entre a China e os países da região têm resistido bem ao teste das mudanças das situações internacionais, e ambas as partes têm mantido a confiança mútua e promovido em comum o desenvolvimento. A criação do Fórum China-CELAC proporcionou uma garantia institucional para impulsionar a implementação do consenso político e do plano de cooperação e por conseguinte, a cooperação integral em todas as áreas avança no seu conjunto, dando um salto no desenvolvimento das relações das duas partes.
Relações políticas: sinceridade e confiança mútua
O presidente Xi Jinping está pessoalmente empenhado no desenvolvimento do Fórum China-CELAC. Ele anunciou a criação oficial do Fórum em 2014 no encontro entre os líderes da China e dos países de ALC, participou da cerimônia de abertura da 1ª reunião ministerial do Fórum e proferiu um discurso importante, e enviou uma carta de felicitação à 2ª reunião ministerial.
Como um canal principal de cooperação integral entre a China e a região, o Fórum abrange cerca de 20 áreas, nomeadamente, partidos políticos e política, agricultura, ciência e tecnologia, economia e comércio, infraestrutura, entre outras, desempenhando um papel importante para o aprofundamento da Parceria de Cooperação Abrangente China-América Latina e Caribe. Ao longo de mais de 7 anos desde a sua criação, as agendas de intercâmbio bilateral são cada dia mais enriquecidas, e a confiança mútua política mais aprofundada, e foram alcançados resultados frutíferos em todas as áreas de cooperação. Atualmente, são 24 o número dos países de ALC que têm relações diplomáticas com a China. Há 19 países da região que já assinaram com a China o documento de cooperação Cinturão e Rota. Na 2ª reunião ministerial do Fórum foi aprovada a Declaração Especial sobre a Iniciativa Cinturão e Rota, o que demonstra o apoio e o reconhecimento dos países de ALC para com esta iniciativa.
É de realçar que, em meio à pandemia, as duas partes se ajudam mutuamente, escrevendo capítulos tocantes de amizade entre a China e os países de ALC. O presidente Xi Jinping teve conversas telefônicas e trocou correspondências com vários Chefes de Estado e de Governo dos países de ALC, nas quais os líderes chegaram ao consenso importante para uma resposta conjunta à pandemia. A China faz doações de massivos materiais médicos incluindo vacinas a 30 países de ALC, envia equipas de especialistas médicos e promove a cooperação nas áreas de pesquisa, desenvolvimento e produção de vacinas. No momento mais difícil do combate à pandemia aqui na China, os países da região manifestaram por diversos meios a sua solidariedade, e prestaram apoios à China dentro das suas capacidades. Mediante ações concretas, delineamos juntos um belo projeto para formar uma comunidade global de saúde para todos.
Trocas comerciais: cooperação de ganhos compartilhados
A cooperação econômica e comercial é um lastro e uma força motriz importante para as relações China-ALC estáveis e douradoras. No quadro do Fórum, a China tem promovido, com passos firmes, o pacote de arranjos de financiamento para a ALC, que fornece apoio financeiro ao desenvolvimento econômico e social dos países da região. A ALC é o segundo maior destino de investimentos chineses no exterior, somente atrás da Ásia. A China estabeleceu zonas de livre comércio com Chile, Peru e Costa Rica, fez arranjos de facilitação do comércio e investimento e assinou acordos de cooperação na capacidade produtiva com muitos países da região.
Segundo “China’s Infrastructure Projects in Latin America and The Caribbean”, um relatório lançado pela Rede Acadêmica da América Latina e do Caribe sobre a China em 2021, entre 2005 e 2020, somam 138 projetos de infraestrutura que a China construiu ou está construindo, cujo valor total supera US$94 bilhões e geram mais de 600 mil postos de trabalho locais. A cooperação China-ALC ajuda efetivamente a colmatar a lacuna de infraestrutura na região.
O comércio bilateral China-ALC cresce ao contrário da tendência mundial enquanto a pandemia perdura. Segundo as estatísticas de Administração Geral de Alfândegas da China, de janeiro a outubro do ano corrente, as trocas comerciais entre a China e ALC totalizam cerca de US$369,1 bilhões, um aumento homólogo de 43,1%. O nanosatélite da empresa argentina Satellogic, carregado por foguete chinês Longa Marcha VI e lançado à órbita, que presta serviço de sensoriamento remoto à empresa chinesa ABDAS Space Information Technology, constitui um dos exemplos onde a ciência e tecnologia capacita a cooperação China-ALC de benefícios recíprocos. Acreditamos que os laços de interesse comum entre a China e ALC serão ainda mais estreitados, e os resultados de cooperação pragmática beneficiarão amplamente ambos os povos.
Intercâmbio humano e cultural: aprendizagem mútua
A laureada chilena do Nobel de Literatura Gabriela Mistral uma vez disse que, “Dizer amizade é dizer entendimento, confiança rápida e larga memória”. Desde a criação do Fórum China-CELAC, a base popular das relações China-ALC está cada dia mais consolidada e o intercâmbio humano e cultural tem logrado êxitos esplêndidos. O Programa de Parceria Científico-Tecnológica e o Programa de Intercâmbio entre Jovens Cientistas China-ALC foram executados com sucesso. Os projetos de laboratório conjunto, fazenda de demonstração e centro de imprensa, entre outros, floresceram e deram frutos.
Graças aos projetos de tradução mútua das obras clássicas sobre o pensamento e a cultura da outra parte, a população latino-americana e caribenha vem a ter a oportunidade de conhecer o sentimento grandioso de obras escolhidas intituladas Shuyuci da poeta talentosa de Dinastia Song, Li Qingzhao, através dos seus versos “Com o fortíssimo vento, o pássaro Peng subiu. Ó vento! Não pares! Sopra a vela deste barco, porque quero chegar às Três Montanhas de imortalidade!”. Por outro lado, mediante o livro Facundo, a obra-prima de Domingo Faustino Sarmiento, a população chinesa pode explorar melhor as relações dialéticas entre a civilidade e a barbárie, bem como a complementaridade entre o ambiente natural e o carácter nacional nos Pampas.
Como disse o poeta Pablo Neruda, “Quando olharmos o mapa da América, enfrentarmos a grande diversidade, a generosidade cósmica do espaço que nos rodeia, poderemos multiplicar a nossa confiança no futuro da América Latina”. Olhando para o futuro, a China vai continuar trabalhando junto com os países de ALC para superar as dificuldades, criar as oportunidades e forjar as grandiosidades. De mãos dadas, vamos vencer a pandemia o quanto antes possível, injetando novos vigores à Parceria de Cooperação Gloabl China-América Latina e Caribe, formando uma comunidade com futuro compartilhado China-América Latina e Caribe.