A inflação na zona do euro continuará aumentando nos próximos meses devido principalmente ao aumento dos preços das commodities e da energia, mas deve diminuir gradualmente em 2022, disse o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, na terça-feira.
Ele disse que os elementos que estão impulsionando a inflação "parecem ser de natureza temporária" e suas causas são globais: o aumento do preço da energia, especialmente do gás natural, lacunas de abastecimento e a "liberação de demanda reprimida com a reabertura das economias".
"Continuaremos acompanhando de perto a evolução da inflação, também para possíveis efeitos secundários, e estamos prontos para ajustar nossas políticas se necessário", disse ele, acrescentando que todos os Estados-membros da União Europeia (UE) devem retornar aos seus níveis de produto interno bruto (PIB) de 2019 neste ano ou no próximo.
Dombrovskis falou em uma conferência de imprensa no final de uma reunião dos ministros de assuntos econômicos e finanças dos Estados-membros da UE, também conhecido como Conselho Ecofin, que ocorreu um dia depois de uma reunião dos ministros das finanças dos países membros da zona do euro.
Dombrovskis disse que vários desenvolvimentos podem prejudicar a recuperação. Um deles foi a inflação, que ficou em 4,1 por cento em outubro na zona do euro, "um nível nunca ultrapassado desde o início da série de dados em 1997".
Disse que os ministros das finanças discutiram o pacote apresentado pela Comissão Europeia no mês passado com medidas para compensar o impacto imediato do aumento dos preços da energia e para reforçar a resiliência contra choques futuros com medidas imediatas de apoio aos segmentos mais vulneráveis da sociedade.
Ele disse que os ministros também discutiram a conclusão da grande reforma da estrutura regulatória e de supervisão dos bancos, com a implementação de padrões internacionais para tornar o sistema bancário da UE mais resistente a choques econômicos.