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China urge EUA a parar com teoria de 'ameaça chinesa'

Fonte: Diário do Povo Online    20.10.2021 14h57

A China pediu aos EUA na terça-feira (19) que parem de divulgar a teoria da "ameaça da China", que o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, afirmou ter sido explorada pelos EUA para expandir seu poderio militar e buscar a vantagem da segurança absoluta.

Wang fez a observação em uma coletiva de imprensa diária depois que autoridades americanas, incluindo o secretário de Defesa Lloyd Austin, expressaram preocupação com o desenvolvimento de capacidades e sistemas militares avançados da China, alegando que isso aumentaria as tensões na região e intensificaria a corrida armamentista.

"Os Estados Unidos fazem acusações falsas para desviar a atenção", disse Wang, acrescentando que Washington "deveria parar de exagerar a 'ameaça chinesa' e de questionar a China".

"A China sempre trabalha para salvaguardar a paz mundial, contribuir para o desenvolvimento global, defender a ordem internacional e fornecer o bem público", destacou ele.

A China segue uma estratégia nuclear de autodefesa, com suas forças nucleares sendo sempre mantidas no nível mínimo necessário para salvaguardar a segurança nacional, disse ele, acrescentando que a China nunca se envolveria numa corrida armamentista nuclear com nenhum país.

Ele afirmou ainda que o único objetivo do desenvolvimento das capacidades militares necessárias da China é salvaguardar seus legítimos interesses de segurança.

"Nenhum país será ameaçado pela capacidade de defesa nacional da China, desde que não pretenda ameaçar ou minar a soberania, segurança e integridade territorial da China", defendeu ele.

Sendo a única superpotência, os EUA se apegaram nos últimos anos à mentalidade da Guerra Fria, reforçando amplamente suas capacidades militares e aprofundando continuamente suas alianças militares, disse o porta-voz.

"A união dos Estados Unidos para formar pequenos blocos militares minou gravemente a paz e a segurança regionais, bem como a estabilidade estratégica global", avaliou ele.

Washington não apenas possui o maior e mais avançado arsenal nuclear do mundo, mas também investe trilhões de dólares para atualizar sua "tríade nuclear", disse Wang, referindo-se às suas forças nucleares em terra, no mar e no céu.

Os EUA retiraram-se do Tratado sobre a Limitação de Sistemas de Mísseis Antibalísticos e do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário, enquanto pressionam continuamente pela implantação de um sistema antibalístico global, disse o porta-voz.

Wang observou que os Estados Unidos foram o único país a obstruir por muito tempo as negociações do protocolo de verificação da Convenção sobre Armas Biológicas e também obstruem o processo de negociações sobre o controle de armas no espaço sideral.

Além disso, os EUA transferiram um submarino com propulsão nuclear para um estado sem armas nucleares, o que agravou os riscos de proliferação nuclear, acrescentou.

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