A parte um da 15ª reunião da Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP15) foi encerrada nesta sexta-feira em Kunming, capital da Província de Yunnan, no sudoeste da China, preparando o palco para a adoção de um efetivo quadro global de biodiversidade pós-2020 na retomada da reunião em 2022.
Um total de 2.918 delegados em Kunming, além de 2.478 via link de vídeo, participaram do Segmento de Alto Nível, do Fórum de Civilização Ecológica e de outras atividades, segundo os organizadores.
A conferência viu a adoção da Declaração de Kunming, onde as partes da Convenção sobre Diversidade Biológica se comprometeram a negociar um efetivo quadro global de biodiversidade pós-2020 que possa dobrar a curva da perda da biodiversidade.
Foi anunciado que a China assumirá a liderança investindo 1,5 bilhão de yuans (cerca de US$ 233 milhões) para estabelecer o Fundo de Biodiversidade de Kunming para apoiar a proteção da biodiversidade nos países em desenvolvimento.
Uma iniciativa de "proteger a biodiversidade e construir uma civilização ecológica global" também foi emitida, convidando todas as partes a defenderem o conceito de uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade e trabalharem juntas para construir um mundo belo em harmonia com todas as espécies.
Trinta e seis instituições bancárias e financeiras chinesas e 24 bancos estrangeiros e organizações internacionais emitiram uma declaração conjunta sobre o apoio à conservação da biodiversidade por instituições bancárias e financeiras, intensificando ainda mais os esforços para apoiar a biodiversidade.
"Com a conclusão da primeira parte da COP15, demos um passo crucial para escrever um novo capítulo para o nosso planeta e para nossas sociedades", disse Elizabeth Maruma Mrema, secretária executiva da Convenção sobre Diversidade Biológica .
"A adoção da Declaração de Kunming e a forte direção política fornecida por muitos ministros nos colocaram firmemente no caminho para a adoção de um quadro efetivo global de biodiversidade pós-2020 que envolverá o mundo inteiro na tarefa de colocar a natureza em um caminho para a recuperação até 2030", acrescentou.
Huang Runqiu, Ministro chinês da Ecologia e do Meio Ambiente e Presidente da COP15, disse que a governança ambiental global está enfrentando desafios sem precedentes e que a comunidade internacional deve trabalhar em conjunto para fortalecer a cooperação na construção da civilização ecológica global e na conservação da biodiversidade, a fim de alcançar o desenvolvimento mundial sustentável e o desenvolvimento humano em geral.
"Como presidente da COP15, espero sinceramente que as partes mantenham esse valioso espírito de cooperação na segunda parte da COP15, dêem um forte apoio ao meu trabalho e avancem no processo da Convenção. Cumprirei minhas funções como presidente da COP15, trabalharei em conjunto com todas as partes, traduzirei consenso em ação prática e promoverei ativamente a realização de conquistas importantes, como o quadro global de biodiversidade pós-2020", disse.