Cepas da COVID-19 na França não vêm da China, diz mídia

Fonte: Xinhua    17.06.2021 10h08

As cepas da COVID-19 na França, ambas detectadas durante o início da epidemia e as variantes encontradas nos últimos meses, não têm nada a ver com a China, publicou a mídia local.

"Em 24 de abril (do ano passado), o Instituto Pasteur divulgou seus resultados de sequenciamento de genomas (de amostras coletadas de pacientes com COVID-19 na França), provando que a epidemia na França se originou localmente e que havia cepas do vírus circulando antes de 2020", segundo Liya Ju, CEO da PreciMed Platform Europe (PreciMed), um instituto de pesquisa médica com sede em Paris, citado pelo Nouvelle d'Europe.

Ju fez referência ao estudo genético conduzido por cientistas do Instituto Pasteur, que descobriu que a principal cepa do coronavírus presente na França estava ligada a um grupo genético, ou clade, que não tinha nenhuma ligação com a China ou a Itália.

"A análise filogenética identificou várias introduções independentes do SARS-CoV-2 (o vírus causador da COVID-19) sem transmissão local, destacando a eficácia das medidas tomadas para evitar a propagação do vírus a partir de casos sintomáticos", explicou o Instituto Pasteur.

"Em paralelo, nossos dados genômicos revelam a circulação predominante posterior de um grande clado em muitas regiões francesas e implicam a circulação local do vírus em infecções não documentadas antes da onda de casos de COVID-19", acrescentou.

"Os resultados de sequenciamento do Instituto Pasteur provam que as cepas que circularam na França não eram as mesmas de Wuhan, na China. Além disso, as cepas na França eram muito mais antigas", afirmou Ju, citado pelo jornal chinês sediado em Paris.

Os resultados foram confirmados pelas descobertas de um hospital francês que analisou os primeiros casos confirmados do país, acrescentou.

Em maio de 2020, os médicos do hospital Albert Schweitzer em Colmar, no nordeste da França, descobriram que os primeiros casos suspeitos de infecção por COVID-19 na França poderiam remontar a novembro de 2019, depois de ter revisto 2.456 exames torácicos realizados entre 1º de novembro de 2019 e 30 de abril de 2020 por todas as razões (patologias cardíacas, pulmonares, traumáticas e tumorais).

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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