Assembleia Mundial da Saúde rejeita proposta relacionada a Taiwan

Fonte: Diário do Povo Online    25.05.2021 13h14

A Assembleia Mundial da Saúde (AMS), órgão máximo de decisão da Organização Mundial da Saúde (OMS), recusou-se na segunda-feira (24) a inclusão de uma proposta sobre a participação de Taiwan em sua agenda.

Chen Xu, o Representante Permanente da China no Escritório das Nações Unidas em Genebra, afirmou por declaração na reunião que a delegação chinesa apoiou firmemente a recomendação do Comitê Geral da 74ª AMS de não incluir a proposta relacionada a Taiwan na agenda.

Observando que Taiwan é uma parte inalienável da China, Chen disse: "A Resolução 2758 da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) e a Resolução 25.1 da AMS forneceram a base jurídica para que a OMS cumprisse o princípio de uma só China e reconheceu Taiwan como parte da China. A proposta relacionada a Taiwan viola os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas, vai contra a Constituição da OMS e as Regras de Procedimento da AMS e é ilegal e inválido".

A participação da região de Taiwan na AMS deve ser tratada de acordo com o princípio de uma China e por meio de consultas através do Estreito, ele enfatizou.

"As autoridades do Partido Democrático Progressista (PDP) na região de Taiwan aderiram obstinadamente à posição separatista de 'independência de Taiwan' e se recusaram a reconhecer que ambos os lados do Estreito de Taiwan pertencem à mesma China. Como resultado, a base política deixou existir o pedido de participação da região de Taiwan na AMS ", disse.

Segundo Chen, com base no princípio de uma só China, o governo central chinês fez os arranjos apropriados para a participação da região de Taiwan nos assuntos globais de saúde.

Desde o início da pandemia, o governo central enviou 260 notificações sobre a Covid-19 para a região de Taiwan. Os especialistas em saúde da região de Taiwan participaram de 16 atividades técnicas da OMS. O Secretariado da OMS manteve informados diversos especialistas em saúde na região de Taiwan sobre a pandemia.

"A chamada 'lacuna internacional de prevenção de epidemias' não existe, nem tampouco faltam aos especialistas da região de Taiwan canais e plataformas para compartilhar as práticas de resposta e controle com os demais", disse ele.

O diplomata chinês observou que a AMS já chegou a uma conclusão sobre a questão relacionada a Taiwan. No entanto, a insistência de alguns países em apresentar uma proposta relacionada a Taiwan prejudica os esforços globais de cooperação antipandêmica e o interesse comum dos Estados membros da OMS.

"Instamos os países relevantes a pararem de politizar as questões de saúde e usar as questões de Taiwan para interferir nos assuntos internos da China, e deixem de perturbar a ordem da Assembleia", disse Chen.

Antes da assembléia, mais de 150 países, por meio dos canais diplomáticos, e mais de 80 países, por meio do envio de cartas à OMS, expressaram sua adesão ao princípio de uma só China e sua oposição à participação de Taiwan na AMS, de acordo com Chen.

"Fatos repetidamente provaram que realizar propostas relacionadas a Taiwan é impopular", disse ele a repórteres após a reunião de segunda-feira, acrescentando que qualquer tentativa separatista de criar "Duas Chinas" ou "Uma China, Um Taiwan" está fadada ao fracasso.

(Web editor: Fátima Fu, Renato Lu)

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