Na noite de 23 de abril, o conselheiro de Estado e Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, realizou uma videoconferência com o Conselho de Relações Exteriores dos Estados Unidos.
Wang disse que os dois chefes de estado traçaram a direção geral para desenvolver laços entre os dois países. No entanto, a política dos EUA em relação à China ainda não superou seu mal-entendido sobre a China, e o país não encontrou o caminho certo para lidar com a China.
Ele apresentou cinco sugestões aos Estados Unidos sobre como enxergar as relações China-EUA de uma perspectiva estratégica.
Em primeiro lugar, os Estados Unidos devem compreender e encarar o desenvolvimento da China de forma objetiva e racional.
Em segundo lugar, os Estados Unidos devem trabalhar com a China em um novo caminho de coexistência pacífica e cooperação ganha-ganha.
Em terceiro lugar, os Estados Unidos devem respeitar e tolerar o caminho e o sistema que a China escolheu de forma independente.
Em quarto lugar, os Estados Unidos deveriam praticar o multilateralismo no verdadeiro sentido da palavra.
Em quinto lugar, os Estados Unidos não deveriam interferir nos assuntos internos da China.
Wang disse que o futuro das relações China-EUA depende da aceitação da ascensão pacífica da China por parte dos Estados Unidos e do reconhecimento de que o povo chinês tem o direito de lutar uma vida melhor.
Frisando que a democracia não é a Coca-Cola, que promete o mesmo sabor em todo o mundo, Wang disse que os Estados Unidos devem respeitar o caminho e o sistema escolhidos independentemente pela China.
Relativamente a Taiwan, Wang enfatizou que jogar a "carta de Taiwan" é "brincar com fogo", exortando os Estados Unidos a cumprir estritamente o princípio de uma só China e honrar seus compromissos sob os três Comunicados Conjuntos Sino-EUA.
Wang descreveu o "genocídio" e os "trabalhos forçados" em Xinjiang como mentiras inventadas por motivos políticos.
Em resposta aos mais recentes desenvolvimentos em Hong Kong, ele disse que os EUA devem respeitar os esforços do governo chinês para implementar o princípio de "um país, dois sistemas".
A China nunca se envolve em coerção e se opõe à coerção de outros países, acrescentou Wang.
Richard Haass, presidente do Conselho de Relações Exteriores dos Estados Unidos, foi o anfitrião da videoconferência, que reuniu quase 500 participantes nos Estados Unidos.