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MRE da China expressa preocupação com decisão do Japão de despejar água radioativa no oceano

Fonte: Diário do Povo Online    13.04.2021 13h18

Em 13 de abril, o governo japonês decidiu despejar as águas residuais nucleares do acidente da usina nuclear de Fukushima no oceano. Como vizinho próximo e parte interessada do Japão, a China expressou sérias preocupações sobre a questão.

O acidente nuclear de Fukushima é um dos mais graves acidentes nucleares do mundo até o momento, pois causou um grande vazamento de material radioativo e teve um profundo impacto no meio ambiente marinho, na segurança alimentar e na saúde humana.

O relatório de avaliação da equipe de especialistas da AIEA apontou claramente que, se as águas residuais, contendo trítio, da usina nuclear de Fukushima forem despejadas no oceano, isso terá um impacto no meio ambiente marinho e na saúde pública dos países vizinhos. As águas residuais tratadas existentes contêm ainda outros componentes nocivos, sendo necessárias medidas adicionais.

O relatório do Comitê Científico das Nações Unidas sobre os Efeitos da Energia Atômica também refere que o impacto das águas residuais nucleares do acidente da usina nuclear de Fukushima no ambiente ecológico marinho precisa ser continuamente acompanhado e observado.

O Instituto Alemão de Pesquisa em Ciências Marinhas apontou que a costa de Fukushima tem as correntes oceânicas mais fortes do mundo. No prazo de 57 dias a partir da data da descarga, os materiais radioativos se espalharão por grande parte do Oceano Pacífico e, em 10 anos, pelo resto do mundo.

Os especialistas nucleares do Greenpeace apontaram que o carbono contido nas águas residuais nucleares japonesas pode perdurar por milhares de anos e causar danos genéticos.

O lado japonês não esgotou os métodos de descarte seguro, independentemente de questões nacionais e estrangeiras e oposição, nem realizou uma consulta plena com os países vizinhos e a comunidade internacional, tomando a decisão unilateralmente.

A China instou veementemente o lado japonês a reconhecer suas responsabilidades, a manter uma postura científica, cumprir suas obrigações internacionais e responder adequadamente às sérias preocupações da comunidade internacional, dos países vizinhos e de seus cidadãos.

A questão do despejo de águas residuais nucleares não será iniciada sem autorização, obtida pelo acordo com os vários países diretamente afetados e com a Agência Internacional de Energia Atômica.

A China continuará a trabalhar em estreita colaboração com a comunidade internacional para monitorar os desenvolvimentos da situação. 

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