Brasília, capital do Brasil, enfrenta um cenário crítico com a piora da epidema e, por conseguinte, a falta de leitos hospitalares.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, decretou um toque de recolher entre 22h e 5h da manhã do dia seguinte. A medida entrou em vigor na segunda-feira (8) e prevê multa de 2.000 reais ( aproximadamente 2.252 rmb) para quem a descumprir.
O governador de Brasília anunciou no mesmo dia que o toque de recolher terá duração de duas semanas (de 8 a 22 de março) e que a medida foi adotada em resposta ao agravamento da epidemia da Covid-19 na cidade.
O toque de recolher não se aplica à profissionais da imprensa; servidores públicos, civis ou militares; agentes de segurança privada; profissionais de saúde em serviço; membros do Poder Judiciário, do Ministério Público, das Polícias Civil e Militar, do Corpo de Bombeiros; advogados em diligência de cumprimento de alvarás de soltura; e, representantes eleitos dos Poderes Legislativo e do Executivo, no âmbito federal ou distrital, devidamente identificados.
A medida permite que indivíduos circulem após às 22 horas caso estejam se deslocando para sua residência imediatamente após jornada de trabalho.
O únicos estabelecimentos autorizados a funcionar durante o toque de recolher são os hospitais, clínicas médicas e veterinárias, farmácias, postos de gasolina e funerárias.
No primeiro dia do toque de recolher, as ruas ficaram vazias, no entanto, na terça-feira (9), dezenas de pessoas circulavam na Rodoviária do Plano Piloto. Além disso, havia a presença de muitos vendedores ambulantes, exercendo a atividade ilegalmente, segundo noticiou o G1.
Segundo estatísticas do Ministério da Saúde do Brasil, nas últimas duas semanas, foram diagnosticados 16.431 novos casos da Covid-19 no Distrito Federal, um aumento de 86% em relação às duas semanas anteriores.
Nas últimas duas semanas, o número de mortes causadas pela Covid-19 foi de 205 pessoas, um aumento anual de 47,5%. As taxas de ocupação dos leitos de terapia intensiva da rede médica pública e privada do Distrito Federal atingiram 100% e 92,4%, respectivamente, e os principais hospitais indicaram não poder receber mais pacientes graves.
