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EUA atacam alvos da milícia apoiada pelo Irã na Síria, diz Pentágono

Fonte: Diário do Povo Online    26.02.2021 15h27

O Pentágono confirmou na quinta-feira (25) que os militares dos EUA realizaram ataques aéreos contra a infraestrutura utilizada por grupos militantes apoiados pelo Irã no leste da Síria.

"Sob a orientação do presidente (Joe) Biden, as forças militares dos EUA no início desta noite conduziram ataques aéreos contra a infraestrutura utilizada por grupos militantes apoiados pelo Irã no leste da Síria", informou o Pentágono através de um comunicado.

"Esses ataques foram autorizados em resposta aos recentes ataques contra americanos e membros da Coalizão no Iraque, e às ameaças contínuas a esse pessoal", dizia o comunicado, acrescentando que os ataques destruíram várias instalações localizadas num ponto de controle da fronteira usado por uma série de soldados apoiados por grupos militantes do Irã.

O Pentágono se referiu à operação como uma "resposta militar proporcional", realizada após consultas com os parceiros da coalizão.

"A operação envia uma mensagem inequívoca: o presidente Biden agirá para proteger os americanos e os integrantes da coalizão. Ao mesmo tempo, agimos de maneira deliberada com o objetivo de desacelerar a situação geral no leste da Síria e no Iraque", explicou o Pentágono na declaração.

Dois foguetes caíram na extremamente fortificada Zona Verde no centro da capital do Iraque, Bagdá, na noite de segunda-feira (22). O ataque não causou vítimas ou gerou reivindicações.

A Zona Verde é onde a embaixada dos EUA está localizada, e as propriedades dos EUA, juntamente com as bases militares que abrigam as tropas dos EUA, são alvos frequentes de ataques de morteiros e foguetes.

Em 15 de fevereiro, um ataque de foguete teve como alvo as forças da coalizão próximas ao Aeroporto Internacional de Erbil, na região semi-autônoma do Curdistão, no norte do Iraque, que abriga uma base militar da coalizão liderada pelos EUA.

O ataque matou um empreiteiro civil e feriu vários membros da coalizão liderada pelos EUA, incluindo um membro do serviço americano e vários empreiteiros americanos, segundo divulgou o Departamento de Estado dos EUA no mesmo dia.

O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse na ocasião que Washington estava "indignado" com o ataque.

O Irã negou qualquer ligação com o ataque de 15 de fevereiro, bem como qualquer outro ataque.

Os ataques aéreos de quinta-feira também ocorreram num momento em que o governo Biden, que supostamente planeja trazer os Estados Unidos de volta ao acordo nuclear com o Irã de 2015 do qual o governo Donald Trump se retirou, e afirmou estar pronto para iniciar as negociações com o Irã sobre a questão nuclear.

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