O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, disse na segunda-feira que a presença frequente de aeronaves e navios dos Estados Unidos no Mar da China Meridional não contribui para a paz e estabilidade regional.
Zhao comentou a situação em uma coletiva de imprensa regular depois que um grupo de porta-aviões dos EUA - o USS Theodore Roosevelt acompanhado por três navios de guerra - entrou no Mar da China Meridional no sábado para promover a "liberdade marítima".
Os EUA enviaram repetidamente navios de guerra e aeronaves ao Mar da China Meridional para exercícios militares e de reconhecimento, apesar do fato de o Mar da China Meridional estar a mais de 13.000 quilômetros do território continental dos Estados Unidos.
O porta-voz reiterou também que Taiwan é uma parte inalienável da China e que os EUA devem respeitar o princípio de uma só China.
Em um comunicado publicado no sábado, o Departamento de Estado dos EUA disse que seu compromisso com Taiwan é “sólido como uma rocha” e afirmou que isso contribuiu para a manutenção da paz e da estabilidade na região.
"Instamos os EUA ... a lidar com as questões relacionadas a Taiwan com prudência, evitando enviar sinais errados às forças da ‘independência de Taiwan’, de modo a evitar prejudicar as relações sino-americanas e a paz e estabilidade no Estreito de Taiwan", declarou Zhao perante os jornalistas.
O porta-voz disse que a raiz da tensão e turbulência nas relações entre os dois lados do Estreito se deve ao Partido Democrático Progressista (PDP), que governa a ilha, se recusar a reconhecer o Consenso de 1992, que incorpora o princípio de uma China.
"Tem sido conivente com as forças externas para se engajar em provocações buscando a ‘independência’", disse Zhao.
A China está firmemente determinada a defender sua soberania nacional e integridade territorial e em se opor à "independência de Taiwan" e interferências externas, acrescentou.
"Estamos dispostos a dialogar e consultar todas as partes, grupos e indivíduos em Taiwan sobre questões políticas através do Estreito e em questões relacionadas com a promoção da reunificação pacífica da pátria, com base política na adesão ao Consenso de 1992 e à oposição à‘independência’ de Taiwan”, concluiu.