O Compromisso Invariável da China com o Multilateralismo

Fonte: Diário do Povo Online    25.01.2021 15h09

“Foi o melhor dos tempos, foi o pior dos tempos.” O Presidente Xi Jinping citou do escritor inglês Charles Dickens para descrever um mundo repleto de contradições na intervenção que fez em Davos quatro anos atrás, quando participou pela primeira vez da reunião anual do Fórum Econômico Mundial. “Por um lado, graças à acumulação das riquezas materiais e à rápida evolução científica e tecnológica, a civilização humana é mais desenvolvida do que nunca. Por outro lado, os frequentes conflitos regionais, os desafios globais como o terrorismo e as ondas de refugiados, bem como a pobreza, o desemprego e a maior diferença de renda exacerbam as incertezas colocadas a frente do mundo.”

Com o Covid-19, enfrentamos ainda mais incertezas do que quatro anos atrás. Nesse contexto, muitas das principais economias caíram na recessão, e a vida dos povos foi severamente atingida. Com as medidas de contenção, as cadeias industriais e de suprimentos são impactadas e o intercâmbio internacional sofre o “distanciamento social”, apresentando um fluxo das pessoas à beira de paralisação e grandes impedimentos aos fluxos de capital, tecnologia, informações e bens. Cresceu muito a desconfiança da globalização e do multilateralismo.

Temos de notar que, no entanto, a maioria esmagadora das pessoas mantém a confiança no multilateralismo. Na 15ª Cúpula do G20, os líderes da Alemanha, Rússia, África do Sul e Argentina ressaltaram que os países deviam aderir ao multilateralismo e trabalhar juntos para responder aos desafios globais como a pandemia e a recessão econômica.

A China está comprometida com o multilateralismo. “Devemos aderir ao multilateralismo para salvaguardar a autoridade e eficácia das instituições multilaterais”, afirmou o Presidente Xi Jinping em Davos quatro anos atrás. Na Cúpula Extraordinária dos Líderes do G20 sobre o Covid-19, apelou mais uma vez o Presidente Xi à comunidade internacional pela determinação, união, resposta coletiva e uma cooperação reforçada para vencer a pandemia. Neste mundo globalizado, somos mais interligados do que nunca, com mais interesses entrelaçados, compartilhando o mesmo futuro.

Factos nos provam que, quem tem visão mais aberta da globalização e está mais comprometido com o multilateralismo, tem melhor resultado na resposta à pandemia e goza de um futuro mais promissor. Se os países fechassem as portas, descartassem a divisão do trabalho, cortassem as cadeias produtivas, incentivassem o desacoplamento econômico, ou cada um desenvolvesse sua própria vacina sem cooperação internacional, seria mais devastadora a pandemia e seria mais difícil a retomada da economia mundial. De SARS, influenza aviária a Ebola, a história já deixou muito claro que as epidemias são somente controladas e derrubadas quando a comunidade internacional se une e se coopera.

O multilateralismo também apresenta muitos fatores positivos durante a pandemia. Nasceu o instrumento de Acesso Global de Vacinas Covid-19 (COVAX na sigla inglês), foram oferecidas facilidades aos ensaios clínicos das vacinas e são abertas vias rápidas para os suprimentos médicos. Países como a China doam suprimentos, enviam médicos e compartilham experiências com os outros países, interpretando com ações concretas o que significa a comunidade do futuro compartilhado da humanidade. A assinatura do Acordo da Parceria Económica Abrangente Regional (RCEP na sigla inglês) também representa uma vitória do multilateralismo e comércio livre.

É irresistível o desaguamento das águas dos rios no mar, de mesma maneira a globalização é uma tendência que ninguém consegue reverter. Como apontou o Presidente Xi, a globalização é um oceano, que “não podemos ignorar, quer gostamos ou não gostamos dele.” Vivendo num mundo cheio de complexidade e desafios, o multilateralismo é a nossa escolha invariável. 

(Web editor: Renato Lu, 符园园)

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