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Milhares de manifestantes invadem Capitólio dos EUA (2)

Fonte: Diário do Povo Online    07.01.2021 09h54
Milhares de manifestantes invadem Capitólio dos EUA
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O edifício do Capitólio foi invadido por uma multidão de milhares de pessoas carregando cartazes pró-Trump e bandeiras americanas na quarta-feira, tomando a Câmara dos Representantes e o Senado durante a contagem dos votos do Colégio Eleitoral para confirmar a vitória do vice-presidente eleito Joe Biden como presidente.

Uma mulher não identificada, aparentemente uma manifestante, foi baleada durante a confusão dentro do prédio e mais tarde morreu, de acordo com a Associated Press. Não se soube imediatamente o que a levou a ser baleada ou por quem. Um vídeo mostrou a mulher vestida de vermelho, branco e azul no chão do Capitólio com sangue escorrendo.

Por algum tempo, senadores e membros da Câmara ficaram trancados em suas respetivas câmaras.

A polícia do Capitólio comunicou aos legisladores na Câmara que se protegessem no chão e se preparassem para usar máscaras de gás depois que o gás lacrimogêneo fosse disperso no local.

Os manifestantes se aglomeraram no segundo andar, do lado de fora da câmara do Senado, e a polícia se posicionou armada em frente às portas.

Pouco depois, a polícia escoltou senadores e membros da Câmara, enquanto a multidão continuava a invadir os corredores a poucos passos de onde os legisladores se reuniam.

Funcionários de segurança armados na câmara vazia do Senado permaneceram no interior com armas apontadas à porta de entrada.

A televisão ao vivo mostrou manifestantes lutando no interior com a polícia do Capitólio. Outros vídeos mostram pessoas quebrando janelas e portas na tentativa de entrar no edifício.

Fotos de quem entrou mostravam uma pessoa na cadeira da mesa da presidente da Câmara, Nancy Pelosi, enquanto outro manifestante subiu ao palco do Senado para declarar seu apoio a Trump.

"Isso é o que o presidente causou hoje, essa insurreição", disse o republicano Mitt Romney mais tarde, de acordo com o The New York Times.

Antes que milhares marchassem para o Capitólio, Trump apareceu anteriormente em um comício no qual instou seus partidários a irem ao Capitólio para demonstrar o seu descontentamento.

Enquanto a multidão tentava assumir o prédio do Capitólio à tarde, Trump tweetou declarações na tentativa de conter os distúrbios.

"Por favor, apoiem nossa polícia e a polícia do Capitólio", postou. "Eles estão realmente do lado do nosso País. Fiquem tranquilos!".

À medida que os confrontos se intensificavam, ele twittou: "Estou pedindo a todos no Capitólio dos EUA que permaneçam em paz. Sem violência! Lembrem-se, NÓS somos o Partido da Lei e da Ordem - respeitem a Lei e nossos grandes homens e mulheres de Azul".

Apesar dos apelos, a situação continuou se agravando.

Então, em um vídeo postado em sua conta no Twitter pouco depois das 16h, Trump aconselhou a multidão a "ir para casa", apesar de reiterar que "a eleição foi roubada".

Biden respondeu à violência, dizendo, em um curto espaço televisivo: "Peço ao presidente Trump que vá agora à televisão nacional para cumprir seu juramento e defender a Constituição e exigir o fim deste cerco".

A prefeita Muriel Bowser de Washington declarou toque de recolher em toda a cidade das 18h00 de quarta-feira às 6h00 de quinta-feira.

O Exército ativou toda a Guarda Nacional do Distrito de Columbia - 1.100 soldados - em resposta a um pedido de Bowser.

Os estados de Maryland e Virgínia enviaram tropas da Guarda Nacional e policiais para ajudar o Departamento de Polícia Metropolitana do distrito.

Com a aproximação do toque de recolher às 18h, vários policiais metropolitanos dissiparam, sem resistência, a multidão dos degraus do Capitólio.


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