O Primeiro-Ministro português, António Costa, reuniu-se em Lisboa nesta terça-feira com o Presidente do Conselho Europeu Charles Michel, marcando o início da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia.
Esta é a quarta presidência de Portugal no Conselho da União Europeia. A Alemanha entregou a presidência rotativa de seis meses a Portugal no início do ano.
Costa disse nesta terça-feira em uma entrevista coletiva que esta é uma "enorme honra" e que serão "seis meses de intenso trabalho".
"É uma presidência em que queremos trabalhar em estreita colaboração com todas as instituições, mas em particular com o Presidente do Conselho", afirmou ele.
Segundo ele, a grande prioridade da presidência portuguesa na UE será, "em primeiro lugar, a recuperação econômica. Depois do trabalho extraordinário da presidência alemã, é tempo de agir para garantir uma recuperação justa, verde e digital".
Costa disse que a recuperação terá como base as "alterações climáticas" e as "alterações digitais" que "não devem ser vistas como um obstáculo, mas sim como uma oportunidade para um maior desenvolvimento das economias europeias".
A segunda prioridade, disse ele, será desenvolver o "Pilar Social" da União Europeia que constitui "a base de confiança que nos permitirá liderar as transições [...] significa investir na inovação e na proteção social sem deixar ninguém para trás.
A terceira prioridade é "aumentar a autonomia estratégica de uma Europa aberta ao mundo, Uma Europa que se afirma como ator global, que pode estar mais presente nas diferentes cadeias de valor, mas que recusa o protecionismo e continua aberta ao mundo", disse Costa.
"E que, nesta abertura ao mundo, deve fazê-lo de forma plural", acrescentou ele, referindo-se às parcerias com o Oriente, ao continente africano e às ligações transatlânticas.
Por sua vez, Charles Michel destacou que sua presença é um "sinal de compromisso".
"2020 foi, como vocês sabem, um ano brutal, mas agora temos o sol e o leme. A pandemia Covid-19 deteriorou nossos sistemas na Europa, agora temos a oportunidade de reafirmar as prioridades. Vamos trabalhar permanentemente", Michel notou.
Michel disse ainda que o Conselho Europeu terá um papel "fundamental" na vacinação, "trabalhando dia e noite para garantir que podemos aumentar o número de vacinas disponíveis".
Enquanto o mundo luta para conter a pandemia, a vacinação está em andamento em alguns países com as vacinas contra o coronavírus já autorizadas.
Enquanto isso, 232 vacinas candidatas ainda estão sendo desenvolvidas em todo o mundo - 60 delas em ensaios clínicos - em países como Alemanha, China, Rússia, Grã-Bretanha e Estados Unidos, de acordo com informações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde em 29 de dezembro.
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