Os turistas aproveitam seu tempo em Changsha, província de Hunan, no centro da China, em 5 de outubro de 2020, o quinto dia do feriado do Dia Nacional e do Festival do Meio do Outono.
"Ainda posso viajar para outro lugar no próximo Ano Novo?" tornou-se a pergunta mais frequente para os residentes de Beijing, a capital chinesa que sofre uma série de infecções e casos esporádicos. Os dados mais recentes mostram que as pesquisas online por passeios em grupo despencaram na última semana, enquanto as pequenas reuniões deverão se tornar a nova moda.
Em resposta às medidas anti-epidêmicas que exigem que os moradores permaneçam na cidade para reduzir a disseminação do vírus, muitos residentes de Beijing refizeram seus planos de viagem, escolhendo uma forma mais simples de passar o ano novo, informou a CCTV News na quarta-feira (30).
Houve uma redução de 40% nas pesquisas relevantes de "passeios em grupo" na internet, e "viagens nas proximidades" teve uma queda de 23% nos últimos sete dias.
Em contraste, as buscas por Cama e Café da manhã (B&B na sigla inglesa) ganharam popularidade com um aumento de 21 por cento, de acordo com os dados divulgados pelo Baidu, o maior mecanismo de busca da China, sugerindo que pequenas reuniões podem ter se tornado a nova opção para a população de Beijing passar o Ano Novo.
Autoridades locais no distrito de Shunyi, a região mais atingida de Beijing, que relatou um total de 16 infectados com Covid-19 desde 23 de dezembro, também anunciaram na quarta-feira o cancelamento de todos os eventos com mais de 100 participantes, suspensão de todos os tipos de reuniões como festas e apresentações, e a gestão reforçada de parques, restaurantes, hotéis e locais de entretenimento, numa tentativa para conter as infecções aglomeradas mais recentes.
Em relação à escala de pequenas reuniões, a Comissão Nacional de Saúde divulgou um edital nesta quarta-feira, especificando que eventos privados deveriam ser realizados com menos de 10 pessoas. Além disso, a capacidade máxima de turistas em pontos turísticos da China é limitada a 75 por cento, informou o comunicado.
"Afinal, saúde e segurança superam viagens e passeios turísticos. A regra número um que as pessoas devem obedecer é seguir o controle da epidemia e as medidas de prevenção do destino de viagem em questão", disse Dai Bin, chefe da Academia de Turismo da China ao CCTV News.
Beijing relatou mais um caso confirmado na quarta-feira, um menino de 4 anos do distrito de Chaoyang, elevando o total de novas infecções para 22 desde 14 de dezembro, desencadeando estados de emergência em áreas da capital da China que foram afetadas e resultando em novas orientações de precaução em toda a cidade.