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Instituto Butantan do Brasil anuncia eficácia da vacina chinesa CoronaVac em voluntários brasileiros

Fonte: Xinhua    25.12.2020 09h45

O Instituto Butantan, no Brasil, anunciou nesta quarta-feira que a vacina CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório privado chinês Sinovac Life Science, atingiu um índice de eficácia superior ao mínimo recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) nos testes com cerca de 13 mil voluntários brasileiros.

Os dados corroboram que a vacina é a mais segura entre as testadas no país e que atingimos um número de eficácia acima do necessário segundo os padrões da OMS e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), disse Dimas Covas, diretor do instituto, em uma coletiva de imprensa.

A eficácia mínima exigida pela OMS é de 50%, acrescentou.

Também estiveram presentes na conferência o secretário de Saúde do governo do Estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, e João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19 de São Paulo.

"Atingimos o limiar da eficácia que permite o processo de solicitação de uso emergencial da vacina, seja no Brasil ou na China", disse Covas, acrescentando que é um dia histórico para a ciência brasileira e uma esperança para os brasileiros.

A encomenda da vacina da Sinovac faz parte de um contrato entre o Estado de São Paulo e o laboratório chinês, informou o diretor do instituto.

O estado fechou um contrato com a Sinovac Life Science em junho para desenvolver a vacina CoronaVac no Instituto Butantan, o principal fornecedor de vacinas para o Ministério da Saúde brasileiro e a maior fabricante de vacinas contra gripe do Hemisfério Sul, de acordo com o site do instituto.

Gorinchteyn, secretário estadual de Saúde de São Paulo, disse que as autoridades esperam iniciar em todo o estado a vacinação dos trabalhadores essenciais e daqueles em maior risco em 25 de janeiro de 2021, depois que a CoronaVac for registrada na Anvisa. O contrato prevê um total de 46 milhões de doses até o final de fevereiro.

A CoronaVac foi oficialmente incorporada pelo Ministério da Saúde do Brasil em sua campanha nacional de vacinação contra Covid-19 de 2021.

Segundo o secretário, uma remessa com insumos para 5,5 milhões de doses chegará ao aeroporto internacional de Campinas na quinta-feira, elevando para 10,8 milhões o total das doses da vacina CoronaVac em solo brasileiro.

Covas disse que o contrato com a Sinovac permite que o Instituto Butantan faça acordos com países na região em cooperação e aquisição de vacinas.

Há contratos em fase de assinatura e o que está mais avançado até agora é com a Argentina. Devem assinar esse acordo nesta semana ou na próxima, afirmou Covas.

De acordo com ele, há contratos em negociação com Uruguai, Peru, Equador e Honduras. Também será feita uma oferta à Organização Pan-Americana da Saúde por meio de uma licitação, acrescentou.

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