O conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, participa de uma videoconferência de chanceleres sobre a questão nuclear do Irã em Beijing, capital da China, em 21 de dezembro de 2020.
O conselheiro de Estado chinês e ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, disse na segunda-feira que os Estados Unidos devem retornar incondicionalmente ao acordo nuclear com o Irã o mais rápido possível, suspendendo as sanções contra o país e entidades e indivíduos terceiros.
Wang fez os comentários durante uma videoconferência de chanceleres sobre a questão nuclear do Irã, dizendo que, com base na reversão de posição dos EUA, o Irã deveria retomar o cumprimento de seus compromissos nucleares.
A reunião foi presidida por Josep Borrell, alto representante da União Europeia (UE) para os Assuntos Exteriores e Política de Segurança. Também participaram na reunião os chanceleres iraniano Mohammad Javad Zarif, russo, Sergey Lavrov, francês, Jean-Yves Le Drian, alemão, Heiko Maas e o chanceler britânico Dominic Raab.
Wang disse que, no momento, a situação nuclear iraniana atingiu um momento crítico. O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, deixou claro que os Estados Unidos estão disponíveis para retomar ao Plano de Ação Conjunto Global. Entretanto, os Estados Unidos continuam a intensificar sua pressão sobre o Irã.
"O acordo abrangente não oferece apenas uma janela de oportunidade para voltar aos trilhos, mas enfrenta também riscos e desafios sem precedentes", disse Wang.
Nessas circunstâncias, Wang apresentou quatro sugestões sobre a questão nuclear do Irã, a primeira das quais passa por manter o acordo de forma inabalável. A segunda é a rápida promoção de um rápido retorno dos Estados Unidos ao acordo nuclear com o Irã. A terceira é a resolução de disputas de forma justa e objetiva durante a implementação do negócio, enquanto a quarta é lidar de forma adequada com as questões de segurança regional.
A China se propõe a estabelecer uma plataforma de diálogo multilateral na região do Golfo para iniciar um processo de diálogo inclusivo e construir continuamente consensos sobre questões de segurança regional, disse Wang.