O ministro da Saúde brasileiro, general Eduardo Pazuello, assegurou nesta quarta-feira que o governo comprará todas as vacinas contra a Covid-19 que forem fabricadas no país, incluindo a Coronavac, da farmacêutica chinesa Sinovac que está sendo produzida no Instituto Butantan em São Paulo.

"Todas as vacinas produzidas no Brasil, seja pelo Instituto Butantan ou pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ou por qualquer outra indústria, terão prioridade do Sistema Único de Saúde (SUS), isso está acordado", disse Pazuello.

O ministro fez a afirmação durante a cerimônia realizada no Palácio do Planalto, na qual apresentou o Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19 que prevê imunizar inicialmente 51 milhões de pessoas de grupos considerados prioritários, por estar mais expostos ao vírus ou ser considerados vulneráveis

Segundo Pazuello, "o mais importante de hoje, aqui, não é apresentar o plano. O mais importante é que demonstramos que estamos todos juntos, com os estados", e enfatizou: "Todos os estados da federação serão tratados de forma igualitária, proporcional, não haverá diferenças".

"Vamos levantar a cabeça. Acreditem. O povo brasileiro tem capacidade de ter o maior sistema único de saúde do mundo, de ter o maior programa nacional de imunização do mundo, nós somos os maiores fabricantes de vacinas da América Latina. Para que essa ansiedade, essa angústia? Somos referência na América Latina e estamos trabalhando", acrescentou.

O Brasil é o segundo país do mundo em mortes causadas pelo vírus, atrás apenas dos Estados Unidos e o terceiro em casos positivos, superado pelos EUA e pela Índia e vive atualmente uma segunda onda da pandemia.

O plano do governo de vacinar inicialmente 51 milhões de pessoas exigirá 108,3 milhões de doses, já que cada pessoa tomará duas doses da vacina e se considera que haverá uma perda de 5% de doses durante os processos de transporte e aplicação.

As 51 milhões de pessoas são menos de um quarto da população brasileira, de cerca de 212 milhões.