Graduados universitários na China utrapassará 9 milhões em 2021 pela primeira vez

Fonte: Diário do Povo Online    15.12.2020 16h11

Estima-se que até 2021 mais de 9 milhões de estudantes universitários se formem, no entanto, eles enfrentarão um ambiente de trabalho desafiador em meio à epidemia da Covid-19. Os alunos devem ter uma compreensão abrangente da oferta de emprego e não dar voz ao pessimismo ou otimismo cegos, alertaram especialistas.

De acordo com o Ministério da Educação da China, haverá mais de nove milhões de graduados em 2021 pela primeira vez, e mais de 10 milhões em 2022, informou o Economic Daily na segunda-feira (14).

A epidemia da Covid-19 atingiu as perspectivas de emprego para graduados universitários este ano.

Ainda assim, a situação de emprego para graduados de faculdade este ano tem sido melhor do que do ano passado em 1º de setembro, revelou Wu Aihua, vice-diretor do departamento de Assuntos de Estudantes Universitários do Ministério da Educação, com base em relatórios do Departamento Nacional de Estatísticas.

"O forte apoio ao emprego no nível estadual e as baixas expectativas de emprego entre os estudantes significam que a situação do emprego é melhor do que esperada", afirmou Chu Chaohui, pesquisador do Instituto Nacional de Ciências da Educação da China, ao Global Times na segunda-feira.

Qin Cong, um estudante sênior de engenharia civil de 21 anos da Universidade Shenyang Jianzhu, província de Liaoning no nordeste da China, encontrou um emprego na indústria de construção.

"Meus requisitos de trabalho não são altos. Não estou procurando um emprego na área imobiliária, mas na empresa de construção", disse Qin.

Falando sobre as novas oportunidades para graduados, Chu afirmou que, à medida que as expectativas de emprego diminuem, empregos mais básicos, como entrega de alimentos e bens, irão absorver alguns graduados.

Com a contínua transformação e atualização da indústria, os setores de ciência e tecnologia continuarão a atrair graduados. Mais graduados escolherão trabalhar nas regiões central e oeste da China neste e no próximo ano, devido ao viés da política nacional e expectativas de emprego mais baixas, observou Chu.

O estudante Qian Tonghui, que se formou em jardinagem na Northwest A&F University, em Xianyang, província de Shaanxi no noroeste da China, avalia que a epidemia teve pouco impacto no emprego.

"Algumas oportunidades básicas de trabalho aumentaram. Não é muito difícil encontrar um emprego com baixos requisitos", disse Qian.

Embora Qian ainda não tenha recebido uma oferta de emprego, ela está confiante de que será empregada após sua formatura.

No entanto, Zhang Hao, de 25 anos, que está no último ano de seu mestrado na Universidade de Shandong, tem pouca expectativa, após seguidas entrevistas malsucedidas realizadas em empresas privadas.

Ele acredita que por causa da epidemia está muito difícil encontrar um emprego e está considerando uma carreira como funcionário público.

O pesquisador Chu sugeriu que os graduandos se comuniquem com as empresas relevantes o mais rápido possível, concentrando-se em obter uma vaga de emprego, ao vez de esperar pela posição ideal. 

(Web editor: Fátima Fu, Renato Lu)

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