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Beijing transforma minas de carvão em florestas para melhorar o ambiente urbano (3)

Fonte: Diário do Povo Online    20.11.2020 16h34
Beijing transforma minas de carvão em florestas para melhorar o ambiente urbano
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Em um lote tingido de preto por carvão no oeste de Beijing, trabalhadores agitavam picaretas para cavar a terra encharcada pela chuva. “É mais fácil para as árvores sobreviverem se as raízes tiverem espaço”, afirma Han Xiaoguo de 48 anos.

Han, um homem que trabalhou em uma mina de carvão por 22 anos, dedica-se agora à plantação de árvores.

Nos últimos anos, Beijing fechou sucessivamente suas minas de carvão, e a última, a mina de carvão Datai, no oeste da cidade, foi encerrada em setembro do ano passado.

Em maio de 2017, um total de 11.640 hectares de terra que pertenciam a empresas de mineração foram oferecidos ao Bureau de Jardinagem e Arborização de Beijing para gerenciamento. O encerramento das minas da capital deu lugar a um caminho verde de desenvolvimento. Mais tarde, o lote de árvores foi acompanhado por quase 100 mineiros que trocaram a sua atividade.

Não é fácil plantar árvores em terras cobertas por um manto de carvão. Os operários têm que cavar um buraco com um diâmetro aproximado de 70 a 80 centímetros e profundidade em torno de 50 centímetros, e, de seguida, transportar solo de outros locais antes de plantar uma muda.

A irrigação também é um problema complicado nas montanhas, devido à dificuldade de acesso. Deste modo, os trabalhadores escavaram mais de 200 fossos nas montanhas e os encheram com água trazida de caminhões a 10 quilômetros de distância. A água é então bombeada de poço em poço para locais de plantio em altitudes mais elevadas.

As mudas são também transportadas para os locais de plantio por mulas, disse o trabalhador Yang Shuwei.

Yang Wenhua, que costumava ser um inspetor de poços na mina de carvão Muchengjian, em Beijing, disse ao Diário do Povo que os seus dentes eram a única parte branca do seu corpo após um levantamento na mina. Após três anos de trabalho na fazenda, ele e os colegas se tornaram especialistas na prevenção de incêndios florestais, cuidados florestais e controle de pragas.

“As árvores renovaram o ar e não precisamos mais de nos preocupar com as cinzas de carvão”, afirmou.

Nos últimos três anos, foram cultivados 1.667 hectares de florestas.

No futuro, a fazenda de árvores será construída em um parque florestal nacional que se baseia em conceitos como reabilitação, turismo e divulgação científica. Com certeza será um ótimo destino para as atividades de lazer dos cidadãos. 


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