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A China se opõe veementemente à travessia ilegal da Linha de Controle Real (LCR) pelas tropas indianas na segunda-feira (31), que é uma grave violação do consenso alcançado anteriormente nas negociações multiníveis entre os dois países, disse o Comando do Teatro Ocidental do Exército de Libertação do Povo (ELP) na segunda à noite.
Essas provocações flagrantes geram tensões na fronteira, e a China insta a Índia a retirar suas tropas que cruzaram a LCR, restringir estritamente as forças da linha de frente e cumprir efetivamente seus compromissos, observou o Comando do Teatro Ocidental do ELP.
Lin Minwang, vice-diretor do Centro de Estudos do Sul Asiático da Universidade Fudan, disse ao Global Times na segunda-feira que a ação indiana desta vez definitivamente aumentará as tensões, já que a China foi forçada a ser dura e deverá tomar medidas; caso contrário, a provocação indiana seria interminável.
"As negociações mantidas por ambos os lados desde 15 de junho alcançaram progresso limitado, já que a postura indiana continua dura, e até instou as tropas chinesas a recuarem de alguns locais dentro do território chinês, o que a China recusou. Desta vez, a Índia aumentou suas tropas para cerca de 40 mil na região de fronteira, o que torna a situação mais intensa ”, disse Minwang.
Embora a Índia tenha fortificado seu desdobramento militar, a China também aumentou suas tropas na região da fronteira, e ambos os lados também precisam se preparar para o inverno. Na verdade, a Índia não tem nenhuma vantagem em um conflito potencial, observou Lin.
A mídia indiana novamente exaltou novos conflitos com a China, enquanto acusava o ELP de "movimentos provocativos". É um cálculo especulativo, uma medida muito perigosa sem um entendimento claro da situação da fronteira entre os dois países, afirmaram especialistas chineses.
Isso ocorreu após o Ministério das Relações Exteriores da China rejeitar as alegações de que as tropas chinesas na fronteira tentaram cometer novas violações ao longo da fronteira.
O Ministério da Defesa indiano afirmou em declaração que em um incidente ao longo da LCR entre sábado e domingo, as tropas do ELP "violaram o consenso anterior alcançado durante engajamentos militares e diplomáticos no impasse em curso no leste de Ladakh, e realizou movimentos militares provocativos para mudar o status quo", noticiou o India Today na segunda-feira, citando o documento oficial.
Citando fontes não identificadas do exército indiano, o relatório afirmava que "o exército chinês tentou transgredir para áreas indianas usando um número considerável de tropas. Mas o exército indiano se antecipou à tentativa chinesa e frustrou seu movimento".
Questionado sobre as informações divulgadas pelo exército indiano, Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, refutou o relatório, alegando que as tropas da fronteira chinesa sempre observam estritamente a LCR sem cruzar a linha. As tropas de fronteira dos dois países mantém comunicações sobre questões territoriais, afirmou ele.
Algumas forças na Índia especulam sobre a situação da fronteira, tentando provocar tensões com a China, apesar de várias rodadas de negociações de alto escalão sobre o desligamento das tropas da linha de frente, após o conflito na fronteira em junho, disseram alguns especialistas chineses. Essa intenção imprudente é um erro de cálculo muito perigoso, ecoando o crescente confronto entre a China e os EUA. O lado indiano não percebeu totalmente a lacuna de capacidades militares entre os dois países, e quão severas as consequências serão se a Índia continuar instigando conflitos de fronteira, eles observaram.
A passagem ilegal da Índia pela LCR reflete sua mentalidade precipitada, disse Qian Feng, diretor do departamento de pesquisa do Instituto de Estratégia Nacional da Universidade de Tsinghua, ao Global Times na segunda-feira.
A Índia pretende obter vantagem nas negociações de fronteira com a China através de pequenos truques, como atos provocativos. No entanto, enquanto aumentar as provocações, os suprimentos logísticos na fronteira se tornarão uma enorme pressão sobre a Índia, disse ele.
"Dada a piora da epidemia de coronavírus e seu crescimento econômico estagnado, seria uma perda para a Índia continuar sua ação na área de fronteira, tanto em termos militares quanto de suprimentos", enfatizou Qian.
Diante de uma atitude hostil crescente da Índia contra a China e contínuas provocações militares, cerca de 70 por cento dos entrevistados em uma pesquisa recente conduzida pelo Global Times e pelo Instituto Chinês de Relações Internacionais Contemporâneas concordam que o governo chinês deve ser duro na luta contra as provocações da Índia, e 89,1% dedefendem a retaliação militar, com 50,4% deles "apoiando fortemente" a autodefesa e contra-ataques.