Embaixador chinês espera que jovens indianos construam ponte de intercâmbio cultural e interpessoal entre China e Índia

Fonte: Xinhua    27.08.2020 09h23

O embaixador chinês na Índia, Sun Weidong, pediu que os jovens indianos construam uma ponte de intercâmbio cultural e interpessoal entre a China e a Índia.

Falando em um recente webinar para jovens da China e da Índia, o embaixador chinês disse que a cooperação amigável é o elemento central das relações bilaterais na longa história de intercâmbios entre os dois países.

"O intercâmbio entre a China e a Índia é como um livro antigo e pesado que vale a pena ler para o resto da vida", disse ele. "Os intercâmbios e o aprendizado mútuo entre as civilizações chinesa e indiana fizeram contribuições importantes para o desenvolvimento das duas civilizações e do mundo em geral."

O embaixador observou que a China e a Índia, como duas civilizações antigas, devem se respeitar e aprender uma com a outra, tratar-se igualitariamente e buscar terreno comum, deixando de lado as diferenças.

"Não existem duas civilizações idênticas no mundo. Devemos respeitar a diversidade do mundo e tratar as diferenças uns dos outros de maneira madura e racional", assinalou ele. "Precisamos de respeito e apreço mútuos, devemos ser abertos e inclusivos, para que possamos confiar uns nos outros e viver em harmonia."

Sun enfatizou que como dois grandes vizinhos em ascensão, a China e a Índia devem abandonar a velha mentalidade de traçar linhas por ideologia e se livrar do velho jogo de "O ganho de um é a perda do outro" e "jogo de soma zero".

"Como dois vizinhos e grandes países emergentes, com cada um deles com uma população que ultrapassa 1 bilhão de habitantes, o crescimento das relações China-Índia não só beneficiará ambos os países e seus povos, mas também agregará estabilidade e energia positiva à paz e prosperidade da região e do mundo como um todo", disse.

O embaixador disse que desde o estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e a Índia há 70 anos, as relações bilaterais têm resistido a testes e se tornaram mais resilientes, e não devem ser perturbadas por coisas a certos momentos.

Descrevendo o "infeliz incidente ocorrido nas áreas de fronteira" como "um breve momento a partir da perspectiva da história", ele salientou que as relações bilaterais devem continuar avançando em vez de retroceder.

"Precisamos perceber que a cooperação amistosa entre a China e a Índia é a tendência geral e dominante", notou ele. "Só por ver isso podemos manter um julgamento objetivo e racional e lidar corretamente com as diferenças entre os dois lados."

O embaixador reiterou que a política externa básica da China em relação à Índia permanece inalterada.

"A China vê a Índia como um parceiro em vez de um concorrente e uma oportunidade em vez de uma ameaça", afirmou ele. "Esperamos colocar a questão da fronteira em um lugar apropriado nas relações bilaterais, lidar adequadamente com as diferenças por meio do diálogo e consultas e colocar as relações bilaterais de volta nos trilhos o mais breve possível."

Sun destacou que os intercâmbios culturais e interpessoais entre a China e a Índia precisam ser herdados e passados de geração para geração.

Ele expressou sua esperança de que os jovens indianos fortaleçam a comunicação, façam bom uso da plataforma de intercâmbio para aprender vários idiomas e cooperem com faculdades e universidades chinesas para melhorar ainda mais a compreensão da China e da Índia, construir uma ponte entre os dois povos e contribuir para o desenvolvimento saudável das relações bilaterais.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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