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China pede que EUA suspendam sanções relacionadas a Xinjiang

Fonte: Xinhua    04.08.2020 14h33

A China pediu na segunda-feira que os Estados Unidos suspendam imediatamente sua decisão equivocada de impor sanções ao Corpo de Produção e Construção de Xinjiang e a dois oficiais relevantes, prometendo "reagir resolutamente" se o lado norte-americano prosseguir com este comportamento.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, fez as observações em resposta a uma ação relevante dos EUA, e uma declaração recente do Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, criticando a política chinesa de Xinjiang.

"A ação dos EUA é uma grande interferência nos assuntos internos da China e uma grave violação às normas básicas que regem as relações internacionais. A China se opõe firmemente e a condena fortemente", ressaltou Wang em uma coletiva de imprensa de rotina.

Ele enfatizou que as questões relacionadas a Xinjiang- nunca abordam os direitos humanos, a etnia ou a religião, mas sim o combate ao terrorismo e ao antisseparatismo. "Os assuntos de Xinjiang são puramente assuntos internos da China". Os Estados Unidos não têm o direito e o embasamento para interferir".

O Corpo de Produção e Construção de Xinjiang fez importantes contribuições para promover o desenvolvimento, a unidade étnica, a estabilidade social e a segurança das fronteiras de Xinjiang, vivendo em harmonia com todos os grupos étnicos de maneira amigável e solidária, afirmou Wang. "A alegação dos Estados Unidos não passa de rumores e ataques".

O governo chinês está decidido a defender seus interesses de soberania, segurança e desenvolvimento, no combate às forças terroristas violentas, separatistas e extremistas religiosas, e na oposição a qualquer interferência estrangeira nos assuntos de Xinjiang e outros assuntos internos da China, disse Wang.

Ao comentar a recente acusação de Pompeo sobre a chamada "vigilância" contra minorias étnicas em Xinjiang, Wang assinalou que a alegação não tem base factual. "É uma prática internacional comum o uso de produtos científicos e tecnológicos modernos e big data para melhorar a governança social, e os Estados Unidos não são exceção.

A instalação de câmeras em locais públicos conforme a lei de Xinjiang não tem como alvo nenhuma etnia específica e tem como objetivo melhorar a governança social e prevenir e combater crimes. Essa medida tem sido amplamente apoiada pelas pessoas de todos os grupos étnicos, porque torna a sociedade mais segura, segundo ele.

"Sobre a vigilância, os Estados Unidos são criticados há muito tempo por sua exagerada vigilância através da tecnologia de ponta", indicou Wang.

De acordo com um relatório divulgado pela Universidade de Georgetown, metade dos adultos norte-americanos, ou seja, mais de 117 milhões de pessoas, estão registrados no sistema de reconhecimento facial da polícia, e os afro-americanos são os que mais tendem a serem discriminados, apontou.

Além disso, as agências norte-americanas relevantes vêm conduzindo há muito tempo ciberataques, vigilância e ataques massivos, organizados e indiscriminados contra governos estrangeiros, empresas e indivíduos que violam o direito internacional e as normas básicas das relações internacionais, disse Wang. "Este tem sido um fato bem conhecido por todos".

Os comentários de Pompeo e seus partidários são "nada mais do que calúnias difamatórias", disse Wang. "Tal tentativa de sabotar a prosperidade e a estabilidade em Xinjiang e buscar um pretexto para intervir nos assuntos internos da China está fadada ao fracasso".

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