Por Wang Mingfeng, Diário do Povo
Uma feira noturna na rua de Nanjing Ocidental foi requalificada para ajudar na recuperação da economia noturna. Foto: Wang Chu, Diário do Povo Online
No dia de 30 de maio, a rua Kuixingliu, na cidade de Chengdu, província de Sichuan, começou pouco a pouco a ganhar vida. Os comensais locais e turistas e suas malas paravam em frente aos restaurantes e às montras de lojas. O burburinho dos primeiros dias após o início da reposição da normalidade tornou-se rapidamente na confusão e nas gargalhadas típicas das ruas da capital da província de Sichuan.
He Xu, o dono do restaurante tradicional Taolin Shaocheng, regressou à porta do seu restaurante, de máscara, avental, segurando o cardápio e chamando os fregueses.
No passeio de fronte do restaurante estavam 6 mesas. “As esplanadas são uma nova medida do governo para nos ajudar a repor as operações durante o período de recuperação da epidemia”, disse He Xu. De acordo com o proprietário, o staff deve manter uma distância de segurança e apenas permitir 50% de ocupação dos restaurantes.
“A nossa loja abriu a 9 de março e nos primeiros dias apenas tivemos 2 a 3 mil yuans de receita por dia, menos de 1/10 do que antes. Agora está finalmente reposta a receita de 2/3 do ano passado”.
A alguns passos, um restaurante de comida picante está também a recuperar, com 15 mesas adicionais defronte da porta. “Chamamos de volta 15 empregados para ajudar, eles voltam também a ter fonte de rendimento, dois coelhos com uma cajadada”.
Sob a premissa de assegurar que as passagens dos veículos de emergência e caminhos de cegos não são ocupados, Chengdu permite a instalação de esplanadas com limites delineados, promovendo a circulação ao ar livre. A política tem constituído um incentivo claro ao consumo e tem sido bem recebida até à data.
Para promover o consumo, as autoridades de Chengdu instalaram áreas designadas para o comércio ambulante à entrada das estações de metrô e em zonas movimentadas da cidade.
O Bureau de Gestão Urbana determinou mecanismos de entrada e saída para os comerciantes, com um sistema de cartões vermelhos e amarelos para os infratores.
Todos são responsáveis pela correta higienização dos espaços.
Ran Yifu e Li Jian são ambos comerciantes que partilham uma cabine. Ran vende refeições para o café da manhã, entre as 7 e as 11 da manhã. Li Jian, por sua vez, ocupa o espaço após as 11 da manhã, onde vende snacks. E assim decorre ordeiramente a atividade local, para satisfação de ambos, que referem que as vendas vêm aumentando consideravelmente.
Li Jian trabalhava anteriormente como segurança num centro tecnológico de Chengdu. A epidemia deixou-o sem emprego. “Uma família de 5 pessoas tem um grande número de despesas todos os meses. Ouvi que falar das bancas aqui e candidatei-me imediatamente para vender teppanyaki”.
“Depois de apenas uma semana de trabalho, consigo ganhar mais de 300 yuans por dia. O rendimento é suficiente para eu dormir descansado à noite”, afirmou.
Até 28 de maio contabilizavam-se já 2,230 bancas temporárias em Chengdu, 17147 autorizações de atividade comercial ao ar livre e 20130 licenças para vendedores ambulantes, atribuindo emprego a mais de 100,000 pessoas.