Beijing, 26 mar (Xinhua) -- A China espera que a próxima cúpula virtual extraordinária de líderes do G20 sobre a Covid-19 fortaleça a solidariedade, a cooperação e a coordenação e aumente a confiança uma vez que o mundo enfrenta a pandemia do novo coronavírus.
O vice-ministro das Relações Exteriores, Ma Zhaoxu, fez as declarações na quarta-feira, ao informar sobre a participação do presidente Xi Jinping na cúpula virtual em Beijing na quinta-feira. A cúpula será organizada em vídeo pela Arábia Saudita, que ocupa a presidência do G20 em 2020.
"Esta será a primeira cúpula em vídeo na história do G20 e também o primeiro grande evento multilateral com a participação do presidente Xi desde o surto da Covid-19", disse Ma.
"A cúpula extraordinária sobre a Covid-19, neste momento crítico, será de grande importância para a comunicação e coordenação no combate à disseminação da epidemia e na estabilização da economia mundial", afirmou.
A participação de Xi na cúpula mostra a firme determinação e senso de responsabilidade da China como um país importante no reforço da luta global contra a COVID-19, bem como sua atitude em apoiar o G20 para fortalecer a coordenação e cooperação e estabilizar a economia mundial, assinalou Ma.
A pandemia do novo coronavírus causou sérios impactos políticos, econômicos e sociais em todo o mundo. A comunidade internacional precisa urgentemente dar as mãos para combater o vírus, disse ele.
O G20 é uma plataforma importante para resposta à crise e governança econômica globais, reunindo as principais economias desenvolvidas e economias de mercado emergente. Ele desempenhou um papel importante na resposta à crise financeira internacional de 2008, mencionou Ma.
"A China está disposta a trabalhar com outros membros do G20 para facilitar os resultados positivos desta cúpula extraordinária", afirmou ele.
"O vírus não conhece fronteiras e nenhum país pode ficar imune a isso", disse Ma, acrescentando que a China quer promover a solidariedade dentro da comunidade internacional para enviar uma poderosa mensagem de colaboração e aumentar a confiança.
"Trabalhar juntos é o único meio para o mundo conseguir a vitória na luta contra a epidemia, estabilizar a economia e retomar a ordem", afirmou Ma.
Salientando a importância da cooperação internacional, Ma disse que a China, ao consolidar a prevenção e o controle da COVID-19 no país, forneceria ajuda oportuna aos países necessitados através do compartilhamento de experiências, fortalecimento conjunto da capacitação, fornecimento de suprimentos médicos urgentemente necessários e facilitação das compras de suprimentos por outros países na China.
"Esperamos que os membros do G20 se ajudem e cooperem estreitamente para proteger conjuntamente a saúde pública internacional", disse ele.
Uma vez que a pandemia causou um impacto significativo na economia global, a retomada da produção na China está desempenhando um papel importante na estabilização da cadeia industrial e cadeia de suprimentos globais, disse Ma.
A China espera que todas as partes melhorem a coordenação das políticas macroeconômicas, adotem as políticas fiscais, monetárias e estruturais necessárias, promovam a abertura do mercado, garantam uma cadeia de suprimento global aberta, estável, segura e tranquila e desempenhem um papel construtivo no aumento da confiança do mercado, disse ele.
"As pessoas devem evitar ser tacanhas e politizar a epidemia e devem trabalhar para estabelecer determinação e consensos para enfrentar os desafios juntos", disse Cui Hongjian, pesquisador sênior do Instituto de Estudos Internacionais da China, em uma entrevista à Xinhua.
Cui espera que a cúpula desenvolva planos ou princípios para os países coordenarem melhor os suprimentos médicos em todo o mundo. Também é esperado que os países se coordenem melhor ao adotar políticas fiscais e financeiras individuais após a cúpula.
Os líderes dos membros do G20 serão acompanhados por colegas de alguns países convidados, incluindo Espanha, Jordânia, Cingapura e Suíça, além das Nações Unidas, Banco Mundial e outras organizações internacionais, e os Estados presidentes de algumas organizações regionais.