Perito brasileiro: Solidariedade e união são as principais armas para lutar contra o vírus

Fonte: Diário do Povo Online    02.03.2020 13h56

Por Beatriz Cunha e Renato Lu

Face ao surto de pneumonia causada pelo novo coronavírus (COVID-19), muitos países vêm enfrentando o desafio de manter a população segura de sua contaminação. A China, ao constatar a ocorrência do vírus e seus malefícios, alertou o mundo sobre sua ocorrência e tomou medidas um pouco radicais aos olhos estrangeiros.

O país asiático abdicou de rituais da sua cultura, fechando parques e cancelando as celebrações do Festival da Primavera, dentre outras medidas para conter o vírus. Para entender os desafios emergentes do coronavírus, o Diário do Povo Online entrevistou Ronnie Lins, diretor do Centro China-Brasil: Pesquisa e Negócios (CCB).

Ronnie Lins avaliou positivamente as ações de combate ao vírus adotadas pela China. Ele afirmou que o país “tomou medidas rápidas e eficientes para combater esse terrível inimigo”.

O diretor do CCB destacou o discurso proferido pelo presidente Xi, que conclamou o sentimento patriótico aos chineses, convidando todos a lutar bravamente para vencer essa batalha.

Ronnie lembrou da minimização da disseminação do contágio, através da interrupção de grandes eventos festivos e dos deslocamentos das pessoas para outras províncias e para o exterior. Assim como da criação de novas instalações hospitalares e a transformação de outros hospitais já em funcionamento para a dedicação integral do tratamento dessa epidemia.

A transferência imediata de casos suspeitos para instalações de quarentena, e de efetivos militares médicos para as áreas críticas do combate ao vírus foram outras medidas importantes mencionadas pelo diretor.

Ele citou ainda a “criação de um grupo de alto nível de cientistas, acostumados a trabalhar no sequenciamento de genomas para rapidamente chegar a soluções médicas para o tratamento contra esse vírus.”

Ronnie lembrou que, embora haja casos confirmados de contágio em muitos países no mundo, a maneira como cada país atuará para combater o vírus, dependerá das características intrínsecas de cada um deles.

E lembrou que “as orientações médicas de cada país quanto ao combate epidemiológico, os recursos médicos e financeiros disponíveis, as legislações videntes, dentre outras características” deverão ser levadas em conta.

Ronnie enfatizou que neste momento, em que ainda não há medicamento definitivo para aniquilar a doença, as medidas de combate devem ser estabelecidas por cada país com a orientação da Organização Mundial de Saúde.

A respeito de alguns casos de discriminação contra chineses, ocorridos em alguns lugares do mundo, Ronnie Lins afirmou que qualquer tipo de discriminação é condenável, especialmente tratando-se de assuntos relacionados à saúde.

Ele lembrou que o “Brasil é reconhecidamente o país do mundo, que possuiu uma população mais variada do mundo, e até por isso, dispõe de imensa riqueza cultural.” E não vê sentido para que ocorram discriminações tanto no Brasil como em qualquer outro país.

Ronnie Lins afirmou que “a solidariedade e a união de todos são as principais armas para que possamos derrotar esse inimigo global”. E foi enfático: “Se lutarmos juntos, nossa vitória estará próxima”.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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