Laboratório lunar e planetário de Macau impulsionará exploração do espaço profundo pela China

Fonte: Xinhua    16.12.2019 11h17

Macau, 16 dez (Xinhua) -- O primeiro satélite de exploração espacial de Macau foi batizado Ciência de Macau 1, anunciou no domingo Tam Chon Weng, Secretário para os Assuntos Sociais e Culturais da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), em uma cerimônia de abertura de uma exibição aeroespacial.

Durante a cerimônia de abertura, o vice-diretor da Administração Nacional Aeroespacial da China (ANAC), Wu Yanhua, também anunciou que seu órgão criará o Centro de Exploração Espacial e Ciência de Macau para ajudar na cooperação de exploração de espaço profundo entre a China e a sociedade internacional e para apoiar essas instituições na Grande Área da Baía Guangdong-Hong Kong-Macau a trabalharem conjuntamente.

O satélite, a ser lançado em 2021, é o primeiro do tipo a pesquisar a Anomalia do Atlântico Sul (SAA, em inglês), uma região com reduzida intensidade magnética onde o cinto de radiação interna está em sua altitude mais baixa.

Os geofísicos acreditam que o estudo de SAA possa ajudar a descobrir a razão do enfraquecimento do campo magnético da Terra.

O programa de satélite é operado pelo Importante Laboratório Estatal da China para a Ciência Lunar e Planetária, e aprovado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e estabelecido em 8 de outubro de 2018 na Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST).

O professor Zhang Keke, chefe do laboratório, é físico planetário e de Terra mundialmente renomado. Ele veio a Macau desde a Universidade de Exeter, Grã-Bretanha, em 2018.

A equipe de pesquisa do Zhang tem cerca de 40 especialistas e estudiosos, incluindo figuras líderes e talentos jovens de instituições mundiais bem conhecidas, que participaram de principais projetos chineses de exploração de espaço profundo.

A China lançará seu explorador de Marte em 2020. A equipe de Zhang também participou da pesquisa e desenvolvimento desse explorador.

Além da exploração de espaço profundo, os cientistas do laboratório também fazem pesquisa sobre física lunar, física planetária, geologia lunar e química planetária.

O professor associado Zhu Menghua, do laboratório, obteve um avanço este ano, e sua tese Reconstruir a História de Acréscimo Tarde da Lua foi publicada em julho na Nature.

Zhu também estudou a biologia planetária, um campo onde os cientistas tentam descobrir sob quais ambientes extremos a vida pode sobreviver.

O professor associado André Guimarães Lemos Antunes, um dos biólogos planetários do laboratório, disse que a China está em uma fase animadora de exploração espacial. Em Macau, o Importante Laboratório Estatal da China para a Ciência Lunar e Planetária tem condições convenientes para conduzir pesquisa vanguardista e engajar-se no programa espacial da China.

Como português, Antunes sente em casa em Macau. Segundo ele, o interessante sobre Macau é que ela tem laços históricos com Portugal, então ele está contente ao trabalhar aqui.

(Web editor: Fátima Fu, editor)

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