Carrie Lam: votações em HK devem assinalar o regresso da paz

Fonte: Diário do Povo Online    26.11.2019 10h33

A chefe do Executivo disse que dará ouvidos ao eleitorado, mas que a violência tem de cessar.

A contagem dos votos nas eleições para os conselhos distritais da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) terminou na segunda-feira.

As votações ocorreram desde as 7:30 de domingo e terminaram às 22:30. De acordo com a Comissão de Assuntos Eleitorais da RAEHK, os 452 assentos em 18 distritos eleitorais já foram decididos.

Com um recorde de 71,2% de votantes a acorrerem às urnas, um total de cerca de 2,94 milhões de votantes registrados deixou o seu boletim de voto na eleição de domingo.

Os conselhos distritais são organizações de nível distrital que fornecem aconselhamento ao governo da RAEHK em matérias que dizem respeito ao bem estar dos residentes e participam na gestão dos assuntos a nível distrital.

As eleições dos conselhos distritais foram as primeiras a ter lugar na RAEHK depois da remoção da lei de extradição, motivo dos distúrbios ocorridos no território.

Carrie Lam deixou o apelo na segunda-feira a que a população de Hong Kong continue a expressar a sua opinião de modo pacífico.

As votações foram levadas a cabo sob algumas circunstâncias complicadas, devido a incidentes que tiveram lugar ao longo dos últimos meses, disse Lam.

Lam agradeceu ao eleitorado pela participação, através da qual, segundo ela, foi expressada a sua voz. No seu entender, a maior parte dos habitantes da RAEHK deseja que termine a violência que tem vindo a assolar a cidade ao longo dos últimos 5 meses.

"O governo da RAEHK irá ouvir as opiniões do público e refletir humilde e seriamente”, afirmou.

Em Beijing, Geng Shuang, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores disse durante uma coletiva de imprensa que a pôr termo ao caos na cidade é a prioridade máxima.

Geng reafirmou que o governo chinês está determinado em assegurar a soberania nacional, a segurança e interesses de desenvolvimento sob o enquadramento do princípio “um país, dois sistemas”.

Também na segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores e conselheiro de Estado da China, Wang Yi, declarou que quaisquer tentativas promovidas por forças externas de comprometer a estabilidade e prosperidade de Hong Kong serão em vão. 

(Web editor: Fátima Fu, Renato Lu)

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