Laços do BRICS são vitais no mundo incerto

Fonte: Diário do Povo Online    15.11.2019 09h53

A Cúpula do BRICS foi concluída na capital do Brasil, Brasília. Este ano não tem sido bom para o mundo inteiro. Os impactos negativos provocados pela guerra comercial lançada pelos EUA contra a China têm vindo a alastrar-se. Alguns meios de comunicação ocidentais lançaram dúvidas na reunião do BRICS, alegando que a cooperação do BRICS está em declínio.

Do nosso ponto de vista, a situação é exatamente oposta.

A cooperação do BRICS é inovadora. Ela proporcionou um novo ângulo para que os cinco países reconheçam o mundo, bem como eles próprios, e inspirou-os a explorar os seus caminhos de participação na cooperação internacional.

No passado, os países em desenvolvimento tiveram que passar pelo Ocidente para entender o mundo e alcançar nível global. Mas a cooperação do BRICS lembrou às pessoas que há um mundo enorme fora do Ocidente. Isto tem um significado abrangente.

Os países do BRICS sofreram geralmente um abrandamento econômico. Assim como a maioria do mundo. Os fatores de longo prazo que impulsionam o crescimento econômico do BRICS permaneceram inalterados, e os mecanismos dinâmicos dos países do BRICS como mercados emergentes permaneceram inalterados. A sua influência nas regiões e no mundo não diminuiu. Ainda estão na linha de frente do desenvolvimento e das mudanças mundiais.

A governança global enfrenta enormes desafios provocados pelo protecionismo. Os EUA são a maior fonte, seguido pelo Ocidente. Os países do BRICS atribuem grande importância aos seus laços com os Estados Unidos e outros países ocidentais, mas tais relações só podem proporcionar um aumento dinâmico limitado.

Em particular, perante Washington, que defende a "América Primeiro", os países do BRICS não podem vincular o seu desenvolvimento à cooperação com os EUA, o que é irrealista e até perigoso.

O BRICS é um grupo dos maiores mercados emergentes do mundo. Ao ampliar a cooperação, os cinco países estão aumentando o impulso para o desenvolvimento um do outro. É uma exploração revolucionária, que não só traz benefícios específicos, mas também reforça iniciativas estratégicas para todos os países do BRICS.

Os membros do BRICS têm diferenças nas características geográficas, dimensão e governação social. Alguns ocidentais acreditam que estas diferenças são obstáculos à cooperação. A sua compreensão da cooperação está ultrapassada. Assim como a internet está mudando as atividades econômicas, a globalização está mudando as condições, os métodos e até o objetivo da cooperação entre os países.

A cooperação passada no ocidente foi principalmente impulsionada pela geopolítica e, em seguida, serviu objetivos geopolíticos. Mas o maior objetivo do BRICS é o desenvolvimento, oferecendo aos membros espaço ilimitado para a cooperação.

O desenvolvimento é o tema mais atraente da era contemporânea, e o fortalecimento da cooperação mutuamente benéfica é uma exploração com forças de condução inesgotáveis. Apesar da distância entre si, os membros do BRICS realizam anualmente uma cúpula e desenvolvem um número crescente de projetos de cooperação, incluindo o novo banco de desenvolvimento.

Em contraste, embora os EUA propuseram a estratégia Indo-Pacífico, e se reunem com o Japão, Austrália e Índia anualmente, o "Indo-Pacífico livre e aberto" ainda soa como um slogan irrealista depois de mais de dois anos, como é impulsionado pelas necessidades geopolíticas dos EUA.

O BRICS deve concentrar-se em duas coisas: auto-desenvolvimento e cooperação. Se os cinco membros tiveram sucesso em ambos os sentidos, o mundo será mudado. Parece que o BRICS deu um bom começo no desenvolvimento e na cooperação. Novas ideias já foram formadas. Enquanto os países do BRICS forem persistentes e determinados, a influência do grupo certamente estará em ascensão.

Espera-se que o BRICS abra mais áreas de cooperação e forme mecanismos de cooperação a longo prazo. Os países do BRICS deveriam ter mais influência no mundo futuro. Será que o mundo se tornará mais justo e mais equilibrado? O desempenho do grupo é crucial.

(Web editor: Fátima Fu, editor)

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