Campanhas eleitorais presidenciais começam na Guiné-Bissau em meio instabilidade política

Fonte: Xinhua    04.11.2019 15h17

Bissau, 2 nov (Xinhua) -- As campanhas de 21 dias para as eleições presidenciais agendadas para 24 de novembro na Guiné-Bissau começaram no sábado, quando o país passa por mais uma onda de instabilidade política com dois primeiros-ministros e dois governos.

O primeiro governo, formado por Aristides Gomes após as últimas eleições legislativas de 10 de março, é amplamente reconhecido pela comunidade internacional. Seu primeiro-ministro, Gomes, se recusou a deixar o cargo, apesar de ter sido demitido pelo atual presidente, José Mario Vaz, que Gomes considera "ilegal".

Após reunião com o Conselho de Estado, o órgão consultivo do presidente da Guiné-Bissau, Vaz, dissolveu em 28 de outubro, em decreto presidencial, o governo liderado por Aristides Gomes.

No dia 29 de outubro, Faustino Imbali, foi nomeado e empossado como o novo primeiro-ministro. No entanto, o governo de Imbali não é reconhecido pela comunidade internacional.

O prazo de Vaz deveria ter terminado no final de junho. Porém, durante uma cúpula da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), os Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO concordaram que Vaz permaneceria como presidente da Guiné-Bissau até a eleição presidencial, mas a administração do país seria confiada ao seu primeiro-ministro, Aristides Gomes.

Reina uma confusão política na Guiné-Bissau, onde as próximas eleições presidenciais são vistas como o último passo para acabar com a crise política existente que ocorreu em 2015 entre o Presidente Vaz e o Partido Africano pela Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). Vaz havia vencido a eleição presidencial de 2014 como candidato do PAIGC.

De acordo com a lista publicada pelo Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau, um total de 12 candidatos concorrerão à presidência, incluindo o presidente em exercício Vaz como candidato independente, e Domingos Simões Pereira, candidato do PAIGC.

As eleições presidenciais deste ano serão realizadas no dia 24 de novembro, com um segundo programado para 29 de dezembro, se ninguém receber mais de 50 por cento dos votos no primeiro turno.

(Web editor: Fátima Fu, editor)

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