Líderes das equipes de negociação da China e dos Estados Unidos realizarão conversações por telefone nesta sexta-feira (1), e a Casa Branca afirmou na quarta-feira (30) que o governo dos EUA ainda espera conseguir um acordo "Fase Um" em novembro.
Em uma declaração na quinta-feira (31), o Ministério do Comércio disse que os principais negociadores providenciariam um convite para avançar suas consultas comerciais como planejado. Ambos os lados mantiveram uma comunicação estreita, e suas negociações estão progredindo harmoniosamente, afirmou o ministério.
Enquanto isso, o cancelamento da Reunião de Líderes Econômicos do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), que tinha sido agendada para 16 e 17 de novembro, no Chile, parece não estar impedindo o progresso nas consultas comerciais China-EUA. O presidente chileno Sebastian Pinera afirmou na quarta-feira (30) que cancelou a reunião por causa de uma crise política que assola a nação.
A China e os Estados Unidos concluíram essencialmente consultas técnicas para elaboração textual de um acordo preliminar delineado nas últimas conversações de alto nível. Em várias ocasiões, os funcionários dos EUA expressaram a vontade de fechar o acordo com a China durante a reunião da APEC.
O porta-voz da Casa Branca, Hogan Gidley, disse na quarta-feira que os Estados Unidos ainda estão planejando finalizar o acordo "Fase Um" no mesmo período que a reunião da APEC, agora cancelada, ocorreria.
Yi Xiaozhun, diretor-geral adjunto da Organização Mundial do Comércio (OMC), enfatizou que a forma mais eficaz de combater o protecionismo é continuar a manter a porta aberta e promover uma melhor integração.
Apenas construindo um mercado mais forte e mais atrativo a China pode continuar a manter sua posição em cadeias de valor global, atrair e reter investimento com tecnologias e conhecimento extremamente necessários e contribuir para a prosperidade compartilhada do mundo, disse Yi recentemente.
Harald T. Nesvik, Ministro da Pesca norueguês, disse na quinta-feira, durante uma visita oficial à China, que espera que os países se abram para o comércio porque "guerras comerciais entre grandes nações influenciarão a todos nós".