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Produtores de noz-pecã dos EUA têm menor produtividade devido danos permanentes de furacão

Fonte: Xinhua    30.10.2019 09h48

Randy Hudson, diretor-executivo da Companhia Noz-Pecã Hudson e ex-presidente do Conselho de Produtores de Noz-pecã dos EUA, retrata como nozes são sacudidas da árvore em um de seus pomares perto de Ocilla, Geórgia, Estados Unidos, no dia 24 de outubro de 2019. A produção de noz-pecã neste ano seria menor que na temporada anterior, devido aos impactos residuais dos furacões, de acordo com produtores, especialistas e associações da indústria.

Tifton, Estados Unidos, 27 out (Xinhua) -- A produção anual de noz-pecã dos EUA este ano seria inferior à da temporada anterior devido aos impactos residuais dos furacões, de acordo com produtores, especialistas e associações da indústria.

A produção de noz-pecã no estado da Geórgia, que foi o maior produtor de nozes por alguns anos, foi reduzida pela metade em 2018, resultante dos impactos do furacão Michael, de acordo com Janice Dees, diretora-executiva e gerente de marketing internacional do Conselho de Produtores de Noz-pecã dos EUA.

"Estamos vendo um impacto residual. Acreditamos que haverá algum impacto no futuro", disse Dees em uma entrevista recente à Xinhua.

Dees disse que os Estados Unidos verão um menor rendimento de produção nacional de noz-pecã em 2019, já que as inundações no estado do Texas também causaram problemas.

Dees acrescentou que a área de noz-pecã nos Estados Unidos sofreu três furacões nos últimos três anos.

A Geórgia perdeu cerca de 17 por cento do total de árvores de nozes-pecã devido ao furacão Michael e muitos galhos grandes de produtores, que não contam como perda total de árvores, disse Samantha McLeod, diretora-executiva da Associação de Produtores de Noz-Peçã Georgia.

"Na Geórgia, a colheita de noz-pecã está um pouco fraca este ano. Está um pouco fraca e isso se deve principalmente ao furacão que vimos no ano passado", ecoou Lenny Wells, professor associado e especialista em horticultura de extensão para noz-pecã da Universidade da Geórgia.

Com 52,6 hectares de fazendas de noz-pecã, Wells disse que o furacão Michael causou danos principalmente na área de Albany, na Geórgia, que é uma das principais áreas produtoras de noz-pecã.

"Algumas dessas árvores naquela área em torno de Albany foram perdidas ou estão tão destruídas que simplesmente não serão produtivas este ano. Estamos analisando provavelmente cerca de 60 milhões de pounds (27,2 milhões de kg de produção noz-pecã) este ano", disse Wells.

A área cultivada de noz-pecã nos Estados Unidos cresceu significativamente, mas a produção nacional de noz-pecã provavelmente cairá um pouco, disse Wells.

"A Geórgia é um produtor tão grande e temos cerca da metade da safra que normalmente teríamos. Então, acho que isso reduzirá o rendimento que temos nos Estados Unidos como um todo", acrescentou Wells.

A Ellis Bros. Pecans Inc., uma grande produtora e processadora de noz-pecã com 1.214 hectares de área cultivada, perdeu cerca de 4.000 nozes-pecã devido ao furacão Michael em 2018, que se traduz em aproximadamente 170 acres a 210 acres (68,8 hectares a 85 hectares) de área cultivada com nozes-pecã, de acordo com Slade Ellis, da empresa familiar.

Ellis também esperava que sua produção de nozes-pecã fosse um pouco curta em 2019, citando os impactos dos furacões nos últimos dois anos.

A Hudson Pecan Company Inc., outro grande produtor de noz-pecã com mais de 2.000 acres (809 hectares) de fazendas de noz-pecã, perdeu cerca de 3.000 árvores de noz-pecã e cerca de 30 por cento da produção agrícola devido ao furacão Michael em 2018, de acordo com Randy Hudson, diretor-executivo da Companhia Noz-Pecã Hudson e ex-presidente do Conselho de Produtores de Noz-Pecã dos EUA.

Hudson também esperava que o rendimento de noz-pecã na Geórgia fosse menor este ano devido aos impactos duradouros dos furacões.

McLeod disse que a produção geral de nozes-pecã cairá um pouco em 2019, com a produção de nozes-pecã do Novo México diminuindo para 80 a 85 milhões de pounds (36 a 38 milhões de kg), ante quase 100 milhões de pounds (45 milhões de kg) em 2018.

Wells esperava que a produção nacional de noz-pecã em 2020 voltasse um pouco e a Geórgia voltasse como o principal estado produtor de noz-pecã nos Estados Unidos.

A Geórgia possui de 35.000 a 40.000 acres (14.164 a 16.187 hectares) de novos pomares de nozes-pecã plantadas nos últimos cinco anos ou mais, e os novos pomares começarão a dar frutos nos próximos dois anos, disse McLeod.

Os preços de Pawnee e Oconee, as duas primeiras variedades de nozes-pecã que entram na safra, cerca de 2,5 dólares por pound, disse McLeod.

McLeod disse que o preço é muito bom, considerando o que aconteceu no ano passado.

Os Estados Unidos produziram apenas 242,9 milhões de pounds (110 milhões de kg) de nozes-pecã com casca em 2018, uma queda de 20,3 por cento em relação ao ano anterior, de acordo com o Serviço Nacional de Estatísticas Agrícolas (NASS) do Departamento de Agricultura dos EUA. A perda de rendimento de noz-pecã contribuiu para cerca de 60 por cento da queda total da produção de noz-pecã em 2018.

Ainda assim, a produção de noz-pecã dos EUA deve se recuperar para 281 milhões de pounds (127 milhões de kg) em 2019, um aumento de 15,7 por cento, de acordo com a mais recente previsão da NASS no início de outubro.

Os produtores de noz-pecã dos EUA começaram a temporada de colheita, começando no início de outubro e terminando em janeiro ou fevereiro do ano seguinte.

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