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A China está disponível para trabalhar juntamente com países na região da Ásia-Pacífico, visando responder aos desafios de segurança, mas permanece simultaneamente estoica na defesa da sua soberania, segurança e interesses de desenvolvimento, segundo declarações de oficiais militares na segunda-feira.
Na sua mensagem congratulatória de abertura do 9º Fórum Xiangshan de Beijing, o presidente Xi Jinping apelou aos países da Ásia-Pacífico para responderem em conjunto aos desafios de segurança, assegurarem a ordem internacional e facilitarem a paz duradoura na região pela via do diálogo e cooperação.
Manter uma paz duradoura e a prosperidade da Ásia-Pacífico é do interesse comum de todos os países e regiões da área, sendo que será necessário o contributo e sabedoria de diferentes países, disse Xi.
Face a ameaças complexas à segurança, as nações devem unir-se e promover a ordem global sob o enquadramento das Nações Unidas, continuar a otimizar parcerias de segurança, e criar mecanismos de segurança adaptados ao desenvolvimento da região, frisou.
Lançado em 2006, o fórum é a primeira plataforma multilateral da China para a discussão de questões de segurança e defesa da Ásia-Pacífico. O evento é patrocinado pela Associação para a Ciência Militar da China e pelo Instituto da China para Estudos Estratégicos Internacionais.
A edição deste ano atraiu mais de 600 quadros militares e representantes, incluindo 23 ministros da defesa. Um total de 76 delegações de vários países e organizações internacionais, incluindo a ONU, EUA, Rússia, Egito, Vietnã e Brasil, participaram no fórum, fazendo do evento o maior do gênero.
O general Wei Fenghe, conselheiro de Estado e ministro da defesa nacional, deixou clara a resolução do exército chinês em assegurar os interesses nacionais. Ele afirmou que a China não será intimidada por ameaças, qualificando-as de “ineficientes” na resolução de problemas.
Apelidando a China como o único grande país ainda a lutar pela reunificação nacional, Wei disse que o ímpeto da reunificação não pode ser impedido por quaisquer indivíduos ou forças. “Não abdicaremos de uma polegada do território deixado pelos nossos antepassados”.
Wei advertiu que o exército chinês não permitirá aos secessionistas de Taiwan continuar a tomar medidas imprudentes, bem como não admitirá que forças estrangeiras interfiram na questão de Taiwan. “A reunificação nacional é o único caminho correto, e a busca pela secessão não levará a nada”, disse.
O general acrescentou ainda que a China nunca aplicará uma agenda política relativamente aos assuntos internos de outros países, obrigando estes a tomar partidos.
O ministro da defesa russo, general Sergei Shoigu, disse no fórum que as crescentes relações militares sino-russas representam um exemplo de uma parceria de segurança “baseada na igualdade, confiança mútua e cooperação prática”, contribuindo positivamente para os laços bilaterais e para a paz e segurança na região.
O ministro da Defesa egípcio, Mohamed Zaki, disse que o fórum veio permitir aos diferentes exércitos partilhar suas experiências alcançar consensos e promover conjuntamente a cooperação e a capacidade de enfrentar questões de segurança.
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