Huang Kunming, membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) e Chefe do Departamento de Comunicação do Comitê Central do PCCh, fez o discurso de abertura da 6 ª Conferência Mundial de Internet em Wuzhen, província de Zhejiang, no domingo (20). Foto: Zhu Xingxin / China Daily.
Carta para conferência desdobrando revolução tecnológica e científica
À medida que a Internet celebra o seu 50º ano, o presidente Xi Jinping encoraja os países a promoverem a governação global no ciberespaço e a esforçarem-se por construir uma comunidade com um futuro partilhado.
É responsabilidade conjunta da comunidade internacional “desenvolver, utilizar e governar” bem a internet, de modo a melhor beneficiar a humanidade, disse Xi em uma carta de congratulação à 6 ª Conferência Mundial de Internet, que abriu em Wuzhen, província de Zhejiang, no domingo (20).
Xi disse na carta que a internet, uma das maiores invenções do século XX, mudou profundamente o modo de vida e produtividade das pessoas.
Por causa da internet, uma nova revolução científica e tecnológica e transformação industrial vem sendo acelerada, e novas tecnologias, novas aplicações e novas formas de negócio, como a inteligência artificial, grandes dados e a internet das coisas, estão começando a se desdobrar, afirmou ele, acrescentando que a internet tem inaugurado um novo impulso e um espaço mais amplo para o desenvolvimento.
"O tema da conferência — “Inteligência, conectividade, abertura e cooperação: construção conjunta de uma comunidade de futuro compartilhado no ciberespaço”, é muito significativo, enfatizou Xi na carta. Ele incentivou os participantes a trocar ideias, compartilhar experiências, elaborar consensos e aprofundar a cooperação.
Os países devem seguir a tendência dos tempos, assumir a responsabilidade pelo desenvolvimento, enfrentar desafios e riscos, promover conjuntamente a governação global no ciberespaço e realizar esforços pela construção de uma comunidade com um futuro compartilhado no ciberespaço, afirmou o presidente chinês.
A China promoverá ainda a cooperação aberta no domínio da internet, enriquecendo as suas conotações e aumentando o nível de abertura, afirmou Huang Kunming, membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) e Chefe do Departamento de Comunicação do Comitê Central do PCCh, no discurso inaugural da cerimônia de abertura da conferência.
“A China tratará as empresas nacionais e estrangeiras em pé de igualdade, acolherá e incentivará todos os tipos de empresas a competir de forma justa e proteger plenamente os seus direitos e interesses”, afirmou Huang.
Ele também apontou para a necessidade de um novo impulso para promover o crescimento econômico, habilitar o ciberespaço a ganhar mais apoio à segurança, encontrar consensos sobre governança e transformar o ciberespaço em uma esfera inovadora e dinâmica que serve como uma interseção para as civilizações.
A internet chinesa é inovadora e orientada para o serviço, disse Denis Depoux, diretor de consultoria global Roland Berger na China.
"Presidente Xi está destacando a próxima onda de integração da internet com a economia real: a internet industrial", exaltou Depoux sobre o discurso. “Associados à necessidade da quarta revolução industrial na China, podemos esperar outra rodada de inovação única."
Num momento crucial em que a governança ciberespacial mundial está enfrentando transição e ajustes, a China está contribuindo para novas soluções e trazendo sabedoria chinesa para o mundo através de canais como a conferência em Wuzhen, disse Shen Yi, diretor do Centro de Pesquisa de Governação Cyberespacial na Universidade de Fudan.
“A carta de congratulação do presidente Xi incorpora o núcleo das soluções da China – para servir ao povo e garantir o desenvolvimento dos serviços de internet”, afirmou Shen.
Como o país que ostenta a maioria dos usuários da Internet, a China não é apenas um forte defensor da cooperação internacional, mas está também na fronteira global das tecnologias da internet, disse Liu Zhenming, subsecretário-geral para assuntos econômicos e sociais das Nações Unidas.
Ele enfatizou que a conferência em Wuzhen e fóruns relacionados podem desempenhar "papéis complementares" como plataformas para discussão sobre a abertura e cooperação, e como "camas de teste" para novas opções políticas para distinguir "o bem e o mal" da internet.
