China vai aumentar aquisições de produtos americanos

Fonte: Diário do Povo Online    18.10.2019 10h27

A China planeja aumentar a compra de produtos agrícolas dos Estados Unidos com base no acordo preliminar das duas nações esboçado na semana passada, disse o Ministério do Comércio na quinta-feira (17). As equipes de negociação dos países estão em contato estreito para definir as especificidades, acrescentou.

O porta-voz do Ministério, Gao Feng, afirmou em uma reunião que desde o início do ano, as empresas chinesas têm importado alguns produtos agrícolas dos EUA, que incluíam principalmente vinte milhões de toneladas métricas de soja, 700,000 toneladas de carne de porco, 700,000 toneladas de sorgo, 230,000 toneladas de trigo, e 320,000 toneladas de algodão.

Gao disse que as empresas chinesas planejam aumentar os montantes baseados nas necessidades do mercado interno, sem divulgar detalhes.

As duas equipes de negociação estão ocupadas em trabalhar no texto específico de um acordo comercial, afirmou Gao. Ele acrescentou que estão empenhados em concluir um acordo o mais rapidamente possível, no espírito da igualdade, do benefício mútuo e dos resultados ganho-ganho. Gao enfatizou que o objetivo da China é acabar com a guerra comercial e eliminar todas as tarifas adicionais.

Wei Jianguo, vice-presidente do Centro para Intercâmbio Econômico Internacional da China, um grupo de reflexão sediado em Beijing, disse que as empresas caseiras planejam comprar mais produtos agrícolas norte-americanos para satisfazer a demanda interna cada vez maior. O movimento também beneficiará as empresas agrícolas e os agricultores dos EUA, acrescentou ele.

Na semana passada, a China e os EUA realizaram progressos em vários domínios nas últimas conversações comerciais de alto nível, incluindo a agricultura e a proteção da propriedade intelectual, afirmaram funcionários.

Tang Ke, Chefe de Mercado e Informação Econômica do Ministério da Agricultura e dos Assuntos Rurais, disse na quinta-feira que as conversações da semana passada em Washington mostraram sinais de abrandamento das tensões, com "progressos substanciais no setor agrícola". Tang disse que o suprimento de soja da China e os preços permaneceram geralmente estáveis este ano, apesar de um declínio acentuado nas importações dos EUA.

A China importou cerca de 56.4 milhões de toneladas de soja de janeiro a agosto, uma queda de cerca de 9 por cento ao ano, disse Tang. Os grãos de soja dos EUA contabilizaram 15 por cento das importações, uma querda de 11 pontos percentuais em relação ao ano passado, ele acrescentou.

"No entanto, o país não registou quaisquer grandes flutuações de preços ou graves carências no seu mercado de soja, graças à promoção de uma fórmula de alimentação de baixa proteína que reduz a procura de soja e outros tipos de sementes oleaginosas, bem como a diversificação dos fornecedores de soja", disse Tang.

"À medida que a produção interna de soja está aumentando e serão envidados mais esforços para diversificar as fontes de importação de soja e expandir as compras de substitutos, espera-se que os abastecimentos globais na China sejam seguros no futuro."

O conflito comercial também reduziu as exportações de produtos aquáticos chineses, que valiam cerca de $13.3 bilhões de janeiro a agosto, abaixo de 6.5 por cento ao ano, afirmou Tang, acrescentando que os preços do algodão haviam caído na China no mês passado, parcialmente devido ao conflito comercial. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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