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A maior e mais profunda mudança da história do povo chinês

Fonte: Diário do Povo Online    02.10.2019 13h09
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O jornalista José Reinaldo Carvalho, dirigente comunista e editor da Página da Resistência homenageia neste artigo o povo chinês e o Partido Comunista da China pela passagem do 70º aniversário do triunfo da Revolução democrática e popular e fundação da República Popular da China, em 1º de Outubro de 1949

Beijing celebra 70º aniversário da fundação da República Popular da China no dia primeiro de outubro

Neste Primeiro de Outubro transcorre o aniversário de um feito histórico da maior significação. Nesta data, há 70 anos, ocorreu o fato mais importante até aqui da história da multimilenar nação chinesa, com grande repercussão também para os destinos da humanidade, que segue com interesse e alegria compartilhada o impetuoso renascimento e rejuvenescimento da grande nação asiática como fator de desenvolvimento e paz mundiais.

Nesta data, em 1949, perante 300 mil pessoas, entre militares e civis, reunidos na Praça Tianamen, em Pequim, o líder comunista Mao Tsetung proclamou a fundação da República Popular da China, depois de constituído o Governo Popular Central do País.

A nova revolução democrática teve caráter nacional e social, por seus objetivos anticoloniais e antifeudais. Seu triunfo resultou na criação da Nova China, a maior e mais profunda mudança da história do povo chinês.

Foi o marco inicial fundamental para que o povo se tornasse dono do próprio país, o construtor do Estado nacional, o senhor do próprio destino.

A revolução vitoriosa e a proclamação da República Popular Democrática foi o corolário da luta heroica de três décadas conduzida pelo Partido Comunista Chinês, o coroamento da guerra patriótica contra a ocupação japonesa.

A trajetória concreta desta revolução beneficiou-se da herança da luta pela República conduzida em 1911 pelo líder nacional e democrata, o Dr. Sun Yatsen. A vitória da nova revolução democrática de 1949 levou a China a proclamar de uma vez para sempre o fim do sistema de monarquia absoluta feudal e, sucessivamente, fundar um sistema democrático-popular, unificar o país e suas distintas etnias, dar um ponto final à sociedade semicolonial e semifeudal, atirar na lixeira da história os tratados desiguais e humilhantes impostos pelas potências estrangeiras, extinguir todos os privilégios do imperialismo na China.

Em Primeiro de Outubro de 1949, na imagem de Mao Tsetung proclamando a fundação da República Popular da China, a humanidade passava a conhecer a China de pé, altaneira, com seu povo unido sob a direção do Partido Comunista numa frente democrática, nacional e popular.

A Revolução representou um salto civilizacional para o povo chinês. O triunfo de Primeiro de Outubro de 1949 tem por cenário uma China que era uma das sociedades mais pobres e atrasadas do mundo de então, dependente e submissa às potências imperialistas.

A China abria para si própria e o mundo a nova era histórica, em que se iniciava uma longa transição para a afirmação da independência nacional, o desenvolvimento, o progresso, a justiça, o socialismo.

Nessas conquistas foi grandiosa a contribuição de Mao Tsetung. Com o rigor teórico de um marxista-leninista possuidor de densos conhecimentos filosóficos e históricos, Mao capacitou o Partido Comunista da China a percorrer o caminho justo para o triunfo da Nova Revolução Democrática. A partir da proclamação da República Popular, foi sob a liderança de Mao, como núcleo do Partido Comunista, que se iniciaram com êxito os esforços para criar o sistema socialista básico na política e na economia.

Tal como tinha, contra todo dogmatismo, descoberto e acionado os princípios estratégicos e táticos para a vitória da Revolução, Mao Tsetung desbravou os caminhos para a edificação do socialismo com características chinesas, lançou os fundamentos teóricos e práticos para o desenvolvimento da causa popular, democrática, independentista e desenvolvimentista.

Sem a liderança do Partido Comunista e de Mao Tsetung, a revolução não teria triunfado, a República Popular da China não se teria transformado numa realidade, o percurso ao socialismo não teria começado. Foi sob a liderança do Partido Comunista e de Mao que a China alcançou aqueles remarcáveis êxitos no período histórico correspondente e concretizou a mais profunda mudança da nação chinesa.

A partir do triunfo de Primeiro de Outubro de 1949, o Partido Comunista da China empreendeu a construção do socialismo, converteu um país agrícola atrasado em um país em vias de industrialização e desenvolvimento.

Nos primeiros anos, o governo revolucionário da Nova China recuperou a economia nacional, iniciou nova etapa de desenvolvimento, exerceu a nova democracia, promovendo a reforma democrática em todos os terrenos, a construção paulatina da economia nacional, a industrialização, a transformação socialista da agricultura.

A revolução levou o país à construção dos fundamentos do socialismo, abrindo caminho para uma construção socialista de longo prazo, o que em si já representava uma transformação profunda na China de então.

A grande tarefa do Partido Comunista da China era desbravar os caminhos da construção do socialismo nas condições reais do país, condições muito peculiares, em um país asiático, pobre, atrasado e marcado por séculos de domínio colonial e semifeudal.

O triunfo da Revolução Popular e a proclamação da República tiveram impacto internacional, sendo parte indissociável dos acontecimentos mundiais da época. A guerra de resistência contra o Japão integrou a luta mundial contra o fascismo, sendo a China uma combatente destacada da luta antifascista. Nesta guerra forjou-se a unidade da nação chinesa pela conquista da independência nacional, a libertação do povo e a conquista da paz mundial.

A Nova China surgida em Primeiro de Outubro de 1949 foi um estímulo objetivo às lutas anticoloniais e anti-imperialistas da segunda metade do século 20, impulsionou movimentos revolucionários e solidarizou-se com todos os povos amantes da paz, da liberdade e da independência.

A Revolução Chinesa abriu caminho para o exercício de uma nova política externa. Salvaguardar a independência, a soberania e a integridade territorial do país, defender a paz mundial, empenhar-se para a criação de um ambiente internacional propício à construção do socialismo com peculiaridades chinesas e a construção de uma potente nação passaram a estar no centro da nova diplomacia chinesa, não mais de subjugação aos potentados internacionais.

Desde o momento da vitória da Revolução, a China posicionou-se como integrante do campo socialista. E afirmou o caráter anti-imperialista da sua política externa. O Programa Comum da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês proclamou: “Os princípios da política externa da República Popular da China consistem em salvaguardar a independência, a liberdade e a integridade soberana e territorial do país, apoiar a paz internacional duradoura e a cooperação amistosa entre todos os povos e opor-se à política imperialista de agressão e guerra”.

A China vive hoje uma fase de impetuoso progresso econômico e social, avança rumo à extinção da pobreza extrema, moderniza-se, alcança novos padrões de civilização , eleva seu poderio nacional e exerce maior influência no mundo, contribuindo para o desenvolvimento de todos e a paz mundial. Isto é fruto do caminho percorrido desde a proclamação da República Popular e do caminho socialista desde então inaugurado.


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